quarta-feira, março 23, 2016

JUIZ MORO DECRETA SIGILO SOBRE SUPERPLANILHA DA ODEBRECHT

O fato de haver politicos com prerrogativa de foro entre os mais de 200 politicos citados pela contabilidade clandestina da Odebrecht, levou o juiz Sergio Moro a decretar sigilo sobre as investigações e determinar "eventual remessa da superplanilha" ao Supremo Tribunal Federal..

Leia matéria de O Dia:


Moro põe sob sigilo superplanilha da Odebrecht

Documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas

ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira, sigilo sobre a superplanilha da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A superplanilha foi apreendida em fevereiro na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato, na residência do empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura. O documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas.

Inicialmente, a Acarajé estava sob sigilo. Depois que a operação foi deflagrada, em fevereiro, o magistrado afastou o sigilo dos autos, como tem feito desde o início da Lava Jato.
Nesta quarta-feira, ao constatar que a lista contém ‘registros de pagamentos a agentes políticos’, Moro restabeleceu o sigilo nos autos.

"Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos", argumentou o juiz.

"De todo modo, considerando o ocorrido, restabeleço sigilo neste feito e determino a intimação do Ministério Público Federal para se manifestar, com urgência, quanto à eventual remessa ao Egrégio Supremo Triunal Federal para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro privilegiado."

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