quarta-feira, fevereiro 24, 2016

DENÚNCIA


BARRAGEM AMEAÇA DESTRUIR AGRICULTURA, EXPULSAR TRABALHADORES RURAIS E DESMATAR 10 MILHÕES DE ÁRVORES DA MATA ATLÂNTICA
Em dezembro de 2015, a CPI da Crise Hídrica da ALERJ concluiu pela inviabilidade técnica, social e ambiental da barragem projetada pelo governo estadual no Rio Guapiaçu e recomendou que o Estado financiasse a proposta técnica alternativa elaborada por equipe multidisciplinar da UERJ coordenada pelo prof. Adacto Ottoni que prevê: a recuperação da bacia hidrográfica através da regularização de intervenções visando a vazão dos rios, do reflorestamento, de obras de recarga artificial da água subterrânea e outras obras sustentáveis de pequeno porte, o que evitaria a remoção (desapropriação) de cerca de 1 mil famílias de pequenos agricultores e de assentados da reforma agrária, assim como evitaria o desmatamento de 10 milhões de árvores do ecossistema Mata Atlântica. A construção da barragem provocará a extinção do Parque Municipal de Refúgio de 2.000 hectares que contém 40 milhões de árvores,
Segundo o ecologista Sérgio Ricardo, membro-fundador do Movimento Baía Viva, "é uma profunda contradição, querer combater a crise hídrica provocando mais desmatamento."

"A barragem grande também provocará um prejuízo econômico anual de mais de R$ 100 milhões na agricultura da região com a perda de 15 mil empregos, uma vez que o projeto pretende alagar extensa área agrícola, de elevada produtividade, que é responsável por 40% dos alimentos que chegam às feiras livres da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A barragem, se for construída, provocará fortes impactos como a salinização dos manguezais da APA (Área de Proteção Ambiental) Federal de Guapimirim que para manter sua dinâmica ecológica precisa receber a águas doce vinda do Rio Guapiaçu: estima-se que mais de 2 mil pescadores artesanais e caranguejeiros perderão sua renda caso a barragem seja construída.

No 2o. semestre de 2015, os conselhos estaduais de Recursos Hídrico (CERHI) e de Meio Ambiente (CONEMA), decidiram que o governo do estado deveria financiar a realização de estudos técnicos alternativos à construção da barragem através de Convênio de Cooperação Técnica a ser firmada com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

O convênio para construção da barragem no rio Guapiaçu foi assinado em 30/12/2013 pelo então Secretário Estadual do Ambiente Carlos Minc (deputado estadual PT/RJ), a presidente do INEA, Marilene Ramos (atual presidente do IBAMA por indicação de Carlos Minc, e pelo ex-Diretor de Abastecimento da PETROBRAS, Paulo Roberto Costa, que se encontra preso desde o final de 2014 pela Polícia Federal na “operação lava jato” que investiga esquema bilionário de corrupção na petroleira como as obras da Refinaria do COMPERJ em Itaboraí: http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Noticias/INEA0020175#ad-image-0 

Maiores informações:

Sindicato dos produtores Rurais de Cachoeiras de Macacu
Secretário – Rolf Dieringer
Tel. 21-99306-8865 / 24-98851-8865

Lena (Movimento Atingidos por Barragens) - Tel. 21 - 97517-3581

Um comentário:

  1. Aproveitando o espaço aqui,gostaria de saber se alguém sabe onde um servidor municipal consegue fazer empréstimo consignado,porque está dificil de conseguir ,motivo:A prefeitura não está repassando as prestações,mas desconta do contra cheque dos servidores.Até nisso estamos sendo prejudicados.

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