segunda-feira, novembro 16, 2015

VEJA OS FASCÍNORAS DO EI QUE ARMARAM OS ATAQUES A PARIS

G1:

16/11/2015 14h04 - Atualizado em 16/11/2015 17h05

Belga é apontado como mentor dos atentados de Paris

Homem de 27 anos estaria na Síria e também teria tentado atacar Bélgica.
Operação em busca de outro suspeito em Bruxelas terminou sem detidos.

Do G1, em São Paulo
O belga Abdelhamid Abaaoud é apontado como o mentor dos ataques de sexta-feira à noite em Paris, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (16). A série de atentados deixou ao menos 129 mortos.
Um documentário sobre o Estado Islâmico mostra Abaaoud arrastando um corpo com um veículo (veja o vídeo acima). Extremista conhecido, ele era citado em diversos arquivos policiais junto a Ibrahim Abdeslam, que realizou o ataque suicida no café Comptoir Voltaire. Abaaoud estaria atualmente na Síria.
Foto sem data mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)Foto sem data mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)
"Aparentemente ele é o cérebro por trás dos ataques na Europa", disse uma fonte próxima à investigação à agência Reuters.
Segundo a rádio RTL, Abaaoud tem 27 anos e é do bairro de Molenbeek, em Bruxelas, considerado um "celeiro de terroristas". Ele estaria envolvido no planejamento de uma série de ataques na Bélgica que foram frustrados pela polícia em janeiro.
Foto sem data, publicada em uma revista online do Estado Islâmico, mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)Foto sem data, publicada em uma revista online do Estado Islâmico, mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)
Suspeito chave
A polícia belga realizou nesta segunda-feira (16) uma nova operação no bairro de Molenbeeck para tentar encontrar Salah Abdeslam, suspeito chave dos atentados de sexta-feira em Paris, mas que terminou sem detenções, relata a AFP.
"A operação terminou e o resultado é negativo, ninguém foi detido", declarou o porta-voz da procuradoria federal belga, Eric Van Der Sypt.
Abdeslam Salah, de 26 anos, é procurado pela polícia. (Foto: Reprodução/Twitter da polícia francesa)Abdeslam Salah, de 26 anos, é procurado pela polícia. (Foto: Reprodução/Twitter da polícia francesa)
A justiça belga emitiu uma ordem de prisão internacional contra Salah, que teria alugado o veículo, um Volkswagen Polo preto, matriculado na Bélgica que foi encontrado estacionado em frente à casa de espetáculos Bataclan, onde 89 pessoas foram assassinadas.
Seu irmão Ibrahim, de 31 anos, também de nacionalidade francesa, mas residente em Bruxelas, explodiu-se em frente a um bar no Boulevard Voltaire, na capital francesa.
Ibrahim havia alugado um carro Seat preto, registado na Bélgica, e encontrado em Montreuil, perto de Paris, no dia seguinte aos ataques. A bordo, três fuzis AK47, onze carregadores vazios e cinco completos.
Um outro irmão, Mohamed Abdeslam, detido em um primeiro momento na Bélgica, foi libertado nesta segunda-feira, sem qualquer acusação. Ele disse que não sabe onde Salah está.
Mohamed Abdeslam, irmão do suspeito Salah Abdeslam e de Ibrahim, que se explodiu em frente a um bar de Paris, fala à imprensa  nesta segunda-feira (16) após ser solto (Foto: REUTERS/Benoit De Freine)Mohamed Abdeslam, irmão do suspeito Salah Abdeslam e de Ibrahim, que se explodiu em frente a um bar de Paris, fala à imprensa nesta segunda-feira (16) após ser solto (Foto: REUTERS/Benoit De Freine)
"Nós não sabemos onde ele está agora. Nós não sabemos, dada as atuais tensões, se ele se atreveria ou não a se entregar à justiça. (...) Era um jovem normal", afirmou à imprensa horas depois de ser libertado pelos tribunais belgas.
"Não, nós não sabíamos. Nem nós, nem a nossa família. Eles já não são meninos, são maiores de idade. Nós não perguntávamos para onde iam sempre que saíam de casa", afirmou.
"Estamos sentidos pelo que aconteceu. Recebemos a notícia como muitos de vocês. E não imaginávamos que um dos meus irmãos estaria ligado aos ataques", afirmou, antes de expressar um pensamento às vítimas.
"É claro que pensamos nas vítimas, em suas famílias. Mas é preciso entender que nós também temos uma mãe, temos uma família, e ele continua a ser apesar de tudo seu filho", concluiu o terceiro membro dos irmãos Abdeslam.
Esquadrão antibombas
A operação belga no bairro mobilizou dezenas de policiais, armados e equipados com coletes à prova de bala.
Unidades dos esquadrão anti-bombas e bombeiros também foram enviados para o local, onde um perímetro de segurança foi estabelecido.
A polícia federal pediu no Twitter "com insistência" que a imprensa não divulgasse imagens ao vivo da intervenção em Molenbeek. "Para a segurança de todos!", afirmava a mensagem.
De fato, a transmissão de imagens ao vivo das ações policiais pode ajudar os terroristas a fugir ou responder mais eficazmente às forças de ordem, baseando-se nas imagens televisionadas.
Policiais das unidades especiais cercaram um prédio de Molenbeek, onde um grande perímetro de segurança foi montado, impedindo jornalistas e moradores de se aproximar do local.
Segundo a prefeita de Molenbeeck, Françoise Schepmans, "é possível que haja outras operações". "Trata-se de operações selecionadas, que devem ser realizadas na calma", acrescentou.
Suspeitos liberados
A Bélgica parece ter sido usada como base de retaguarda para alguns terroristas. No sábado, um dia depois dos ataques sangrentos em Paris, a polícia encontrou em Molenbeeck um dos veículos utilizados em alguns dos ataques.
A procuradoria belga informou que além de Mohamed Abdeslam, irmão de Salah, outras quatro pessoas detidas como parte da investigação foram libertadas nesta segunda-feira. "No total cinco pessoas foram liberadas e duas continuam em detenção provisória", indicou a procuradoria federal belga à AFP.
Mohamed Abdeslam foi interrogado por um juiz de instrução que decidiu libertá-lo, de acordo com sua advogada, Nathalie Gallant.
"Ele tem um álibi. Na sexta-feira à noite, estava com seu sócio em Liège (leste da Bélgica), onde trabalha em um projeto de restauração de um bar. As declarações do sócio" confirmam que ele "não poderia ter estado em Paris na sexta-feira", acrescentou. "Ele não estava em contato com seus irmãos nos últimos dias", garantiu.
Em compensação, os dois outros suspeitos mantidos na prisão foram acusados nesta segunda-feira por "atentado terrorista" pela justiça belga. Segundo a imprensa belga, eles seriam o proprietário e um acompanhante de um carro controlado no sábado em Cambrai (norte da França) na estrada que liga Paris a Bruxelas.

VEJA QUEM SÃO OS SUSPEITOS ATÉ O MOMENTO

Ismaël Omar Mostefäi
 - Francês de origem argelina, detonou seu cinto de explosivos depois de ter atirado no público no Bataclan. Foi identificado por análise de digitais colhidas em um dedo encontrado na casa de shows.
Bilal Hadfi – Francês que morava na Bélgica, foi um dos homens-bomba da série de três explosões ao redor do Stade de France.
Ibrahim Abdeslam - De nacionalidade francesa e nascido em Bruxelas, ele se explodiu no bar Comptoir Voltaire, ferindo gravemente uma pessoa.
Salah Abdeslam - Irmão de Ibrahim Abdeslam, está foragido e é procurado pela polícia. Acredita-se que estivesse envolvido em tarefas de logística dos atentados.
Ahmad Al Mohammad - Sírio, ele teria entrado na Europa pela Grécia, em meio a refugiados. Foi um dos que se explodiram ao redor do Stade de France.
Samy Amimour - Um dos suicidas que atacou o Bataclan, nasceu em Paris e passou um tempo na Síria. Foi acusado de terrorismo em 2012. Três de seus parentes foram detidos.
Abdelhamid Abaaoud - O belga é apontado como o mentor dos ataques. Extremista conhecido, é acusado de planejar uma série de ataques à Bélgica, frustrados pela polícia em janeiro deste ano. Atualmente estaria na Síria.

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