GREVE DOS RODOVIÁRIOS DE CAMPOS GANHA FORÇA

Depois de um pronunciamento da prefeita de Camos, atribuindo total responsabilidade aos empresarios, pela greve deflagrada pelos rodoviarios, o movimento ganhou força. Passei há pouco pelo centro da cidade e não vi nenhum ônibus no terminal urbano Luiz Carlos Prestes.

A situação tende a se agravar agora a tarde, com o retorno dos trabalhadores para casa.

Veja matéria do URURAU:

24/11/2015 12:49:53 - Postado  em 24/11/2015 14:28:58

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Trabalhadores do transporte público paralisam atividades por salários em dia em Campos

  Daniela Abreu

Funcionários dizem que só retomam atividades após regularização dos salários

Se motoristas, cobradores e usuários do transporte público de Campos acharam que a integração de empresas para, através de consórcios, atenderem à demanda do município iria por fim às greves e paralisações e garantir aos funcionários salários em dia, se enganaram.

Depois de quase dois meses sem receber,no final da tarde desta segunda-feira (23/11), os profissionais fizeram uma paralisação na Rodoviária Roberto Silveira. Segundo os trabalhadores, o ato de ontem foi um aviso. Na manhã desta terça-feira (24/11), os veículos que saíam, ao retornarem ao terminal no Centro da cidade, eram incentivados a deixar os passageiros e encostar.

Um motorista, que não quis se identificar temendo represálias da empresa, lembrou que a prefeitura disse que “aguarda que os consórcios e as empresas de transporte coletivo apresentem as certidões de regularidade fiscal dos últimos meses para que os valores sejam liberados”, no entanto disse que as contas da maioria dos trabalhadores estão vencidas e que eles já estão fazendo ‘vaquinha’ entre si para ajudar outros a comprarem comida para suas casas.

“Nós já fomos procurar o sindicato, apoio zero. Fomos buscar a prefeitura, falaram que já depositaram o dinheiro e que só vai liberar se eles andarem direito com a documentação e nós ficamos nesse meio”, disse o motorista.

“Nós não temos conta com a prefeitura, nós temos conta com o nosso patrão. Quem tem conta com a prefeitura são eles, nós não. Se pagarem, a gente volta a trabalhar na mesma hora”, avisou um dos cobradores.

“A previsão é uma reunião às 11h de sexta-feira, para ver o que vai decidir. Mas esse final de semana é o último do mês, já está vencendo o segundo mês. E o mês que vem? E o ‘décimo esqueceram, não é? Dia 20 agora teriam que ter pago a primeira parcela e não saiu o pagamento. Se não lembraram o pagamento, imagina o ‘décimo esqueceram’”, complementou outro funcionário, ainda com bom humor.

Segundo os trabalhadores, estão parados nesta terça os funcionários das empresas que compõem o consórcio União: Siqueira, São Salvador e Turisguá. Deste grupo, somente os funcionários da empresa Cordeiro estão com os salários em dia.

A empresa Rogil, que atende sozinha, não compõe consórcio com nenhuma outra empresa, também está parada, além da São João, que compõe o Consórcio Planície com a Jacarandá, que assim como a Cordeiro, está em dia com seus trabalhadores.

Para Wanderson de Oliveira Rosa, de 30 anos e morador do Parque Aldeia, resta buscar outra alternativa.

“Eu entendo eles, vou pagar uma van e vou pra casa. A passagem está dois reais, mas eu entendo eles. Quem trabalha quer receber. Se fosse eu ou você no lugar dele, iríamos estar reclamando também. Está mais do que certo”, apoiou o usuário do transporte público que além da van, poderá ir para casa em uma das lotadas que faz ponto na esquina da Carlos Lacerda com Avenida Rui Barbosa (Beira Rio). Apesar de alvo de ações do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro), a atividade ilegal continua firme e forte.

 Fonte Ururau