terça-feira, dezembro 30, 2014

A DOR SEM FIM

A tragédia na família de Maria Cristina Torres Lima me esvazia de sentimentos.
Tento, em vão, entender a Vida e sua cruezas; seu inaceitável senso de Justiça; seu capricho em promover dores insuportáveis; seu rito repetido de inaugurar mártires da dor máxima.
É o que são, hoje, Cristina, Elisa, Rossini e todos os demais familiares, Mártires da Grande Dor, a que não tem nome, nem definição, nem nada.
Desisto de entender a Vida. Não há teorias que a expliquem, convenientemente. Mais cômodo, aceitá-la com resignação.
O que sei é que um anjinho travesso, num gesto acrobático, deixou-nos, a todos, vazios, dornas vazias, onde cabe tristeza sem tamanho. E deixou um recado subliminar: a dor que não passa, cria carapaça para dores vindouras. Por fim, repete o que já disse Maiakóski: "morrer é fácil, viver é que é difícil".
Viver, hoje, está dificílimo!



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