RIO — O prédio da Igreja Universal do Reino de Deus em Duque de Caxias,
na Baixada Fluminense, foi lacrado por fiscais do Tribunal Regional Eleitoral
do Rio de Janeiro na manhã deste sábado. A titular da zona eleitoral de Caxias,
Vera Lage, recebeu uma denúncia anônima e determinou que sua equipe fosse até o
local, onde foram apreendidos material de propaganda eleitoral e listagens com
números de títulos de eleitor. No local, fiscais encontraram um documento
convocando fiéis para a “Crivelização”.
No topo da carta, é revelada a intenção de alcançar 400 mil votos em
Duque de Caixas. Além disso, o documento traça uma estratégia para convocar
fiéis para um encontro com o Bispo Inaldo “com o intuito de divulgar o Bp.
Crivella”. Há orientação no texto para “convocar todos os grupos para todos os
dias executarmos a Crivelização”, que incluiria agitar bandeiras e distribuir
panfletos do candidato. Fiscais do TRE-RJ ainda foram a outras unidades da
Universal para checar as denúncias. Entre elas, está a sede da igreja no Rio de
Janeiro, a Catedral da Fé, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio.
Uma reportagem de O GLOBO mostrou que, na antevéspera do primeiro turno
da eleição, no culto “Desmanche do Fogo”, na Catedral da Fé, em Del Castilho,
Zona Norte do Rio, o pastor Daniel Santos pediu votos para Crivella e para candidatos do PRB.
O pedido de votos para Crivella em templos, já flagrado pelo GLOBO nessas
eleições, também num culto da Universal em Nova Iguaçu, é vedado por lei. Mais
precisamente na resolução 23.404 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em seu
artigo 11, parágrafo 2º. A punição, ao candidato e a quem fez a campanha, é
notificação e multa no valor de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
No primeiro turno, o Rio de Janeiro foi o estado brasileiro com o maior
número de ocorrências de irregularidades.
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