domingo, julho 27, 2014

URUBUZADA, É HOJE!

É visceral a empatia da grande massa brasileira, da base da pirâmide social, com o Clube de Regatas Flamengo. É cultural, melhor, é ideológica.
Somos, com orgulho, a Urubuzada, a Mulambada, que lotam estádios e deixam sua marca histórica, sua coragem tatuada no corpo, o cheiro inconfundivel do povo, em qualquer arena do mundo, onde o time esteja disputando um título ou uma partida de futebol.
 Assim como os hunos, por onde passamos, deixamos nossa marca inconfundível. Por aqui passaram Flamenguistas. No entanto, ao contrário dos guerreiros de Átila, no nosso caminho, nascem flores.
O Flamengo é assim. Os ingleses, inventores do esporte bretão, dominaram todos os outros clubes, e impuseram sua cartilha de construção dos team. Sugeriram um certo ar blazer, narinas, levemente levantadas, afrancesadas, mas com o Flamengo perderam a mão. Quando viram, estava erguido, de pé, um time que despertava um amor incontido dos mais humildes, uma raiva babosa dos bem postos. O Flamengo é assim: uma mística quase sagrada, “paixão e carnaval”. O Flamengo é “meu bem, meu mal”.
Isso porque nós, a Urubuzada, não temos pedigrees, nem ascendências nobres. Embora sejamos aclamados como Urubus Reis.
Somos o povo de Antonio Conselheiro – antes sacrificados do que se oferecer como vencidos , o que nos garante, viver depois das derrotas. Somos herdeiros de Zumbi, somos filhos órfãos do Almirante Negro, João Cândido, que derrotou o castigo humilhante da chibata, do comando de uma fragata arrancada do Poder corrupto e covarde, virando suas canhoneiras para a capital da República, em plena e plácida baía de  Guanabara.
Nós, a Urubuzada, somos descendentes diretos de Patrocínio e de todos os heróis populares. Somos negros, pardos, morenos e brancos. Somos “chapas” nos portos, cozinheiros de restaurantes, varredores de rua, como também somos titulares de cátedras do Centro cultural. O que nos iguala é nosso amor desmedido pelo “time dos favelados” e nosso sangue rubro, libertário e generoso.
Por isso concordamos e vivenciamos o que profetiza nosso hino, “Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!”


FernandoLeiteFernandes. (No dia do clássico contra o Botafogo, 2014)

2 comentários:

  1. geraldo lopes raphael29 de julho de 2014 às 14:02

    "Eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo". Nós tricolores, adoramos este trecho do hino rubro-nego, afinal, nos momentos mais difíceis, o "mengão" sempre nos levanta. KKKKK

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  2. Noooooooooooooosssssssssssssa como os flamenguistas ficaram com ódio do milton neves por caUSA DA LANTERNA,MAS QUANDO É COM OS OUTROS HEIN,NÃO SASBEM BRINCAR,NÃO SÃO AMIGÁVEIS,UM BANDO DE PREPOTENTES QUE SÓ V~EEM O C DOS OUTROS E ESQUECEM DO PRÓPRIO,FOORA URUBUZADA,FORA GAROTINHO.

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