É visceral a empatia da grande massa brasileira, da base da
pirâmide social, com o Clube de Regatas Flamengo. É cultural, melhor, é ideológica.
Somos, com orgulho, a Urubuzada, a Mulambada, que lotam
estádios e deixam sua marca histórica, sua coragem tatuada no corpo, o cheiro
inconfundivel do povo, em qualquer arena do mundo, onde o time esteja
disputando um título ou uma partida de futebol.
Assim como os hunos,
por onde passamos, deixamos nossa marca inconfundível. Por aqui passaram
Flamenguistas. No entanto, ao contrário dos guerreiros de Átila, no nosso
caminho, nascem flores.
O Flamengo é assim. Os ingleses, inventores do esporte
bretão, dominaram todos os outros clubes, e impuseram sua cartilha de
construção dos team. Sugeriram um certo ar blazer, narinas, levemente
levantadas, afrancesadas, mas com o Flamengo perderam a mão. Quando viram,
estava erguido, de pé, um time que despertava um amor incontido dos mais
humildes, uma raiva babosa dos bem postos. O Flamengo é assim: uma mística
quase sagrada, “paixão e carnaval”. O Flamengo é “meu bem, meu mal”.
Isso porque nós, a Urubuzada, não temos pedigrees, nem
ascendências nobres. Embora sejamos aclamados como Urubus Reis.
Somos o povo de Antonio Conselheiro – antes sacrificados do
que se oferecer como vencidos , o que nos garante, viver depois das derrotas. Somos
herdeiros de Zumbi, somos filhos órfãos do Almirante Negro, João Cândido, que
derrotou o castigo humilhante da chibata, do comando de uma fragata arrancada
do Poder corrupto e covarde, virando suas canhoneiras para a capital da
República, em plena e plácida baía de
Guanabara.
Nós, a Urubuzada, somos descendentes diretos de Patrocínio e
de todos os heróis populares. Somos negros, pardos, morenos e brancos. Somos
“chapas” nos portos, cozinheiros de restaurantes, varredores de rua, como
também somos titulares de cátedras do Centro cultural. O que nos iguala é nosso
amor desmedido pelo “time dos favelados” e nosso sangue rubro, libertário e
generoso.
Por isso concordamos e vivenciamos o que profetiza nosso
hino, “Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!”
FernandoLeiteFernandes. (No dia do clássico contra o Botafogo, 2014)
"Eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo". Nós tricolores, adoramos este trecho do hino rubro-nego, afinal, nos momentos mais difíceis, o "mengão" sempre nos levanta. KKKKK
ResponderExcluirNoooooooooooooosssssssssssssa como os flamenguistas ficaram com ódio do milton neves por caUSA DA LANTERNA,MAS QUANDO É COM OS OUTROS HEIN,NÃO SASBEM BRINCAR,NÃO SÃO AMIGÁVEIS,UM BANDO DE PREPOTENTES QUE SÓ V~EEM O C DOS OUTROS E ESQUECEM DO PRÓPRIO,FOORA URUBUZADA,FORA GAROTINHO.
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