terça-feira, julho 01, 2014

O MONUMENTO AO SS. SALVADOR FOI VÍTIMA DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA?

O monumento foi concluido pela metade
Nos meses conclusivos do governo Mocaiber, em Campos, 2008, foi executado o projeto de construção do Monumento ao Santíssimo Salvador, no trevo da estrada do contorno, como parte da programação visual da área, que começou a ganhar ajardinamento e paisagismo. No mesmo período foi finalizada a primeira etapa da perimetral Togo de Barros.

Não houve tempo hábil para conclusão das obras do Monumento. Tarefa que deveria ser cumprida à risca, como estabelecia o projeto do arquiteto, ao governo da prefeita Rosinha. É fato e consta em documento do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que a gestão do ex-prefeito Alexandre Mocaiber deixou em caixa, para a gestão da prefeita, o equivalente a 100 milhões de reais.

Guardando as proporções e fazendo um paralelo, da mesma forma, coube ao governador Cabral concluir as  pontes de Campos e São Fidélis, para não citar outras obras inacabadas do então governo Rosinha. O complemento das obras deveria ser o que é, um rito republicano.

No entanto, a obra, em Campos, foi largada de mão, nos primeiros meses do novo(?) governo e virou objeto de pressão para ser terminado. Diante da reação setorial da mídia, principalmente, a prefeita determinou que o trabalho fosse feito, mas, de forma autoritária e unilateral, reduziu o volume da obra e fez alterações indevidas no monumento que homenageia o Padroeiro do Município.

O projeto original compunha semiarcos, dois espelhos d’água e chafarizes que ligados, dariam a impressão que a imagem do Santíssimo  “pairava sobre as águas”. Nada disso foi feito.

O que era pra ser espelhos d'água, foi aterrado e gramado de qualquer jeito

É claro que o Estado brasileiro é laico, o que não o obriga a construir santuários e mantê-los, o que não é o caso. Não se trata de local para cultos religiosos, custeados pelo erário, mas edificação de um monumento ao Padroeiro, assim como há no centro da cidade, monumento à bíblia e em  outras cidades, estátuas similares, como as imagens  de Cristo, em Itaperuna, Cardoso Moreira e a mais nova maravilha do mundo moderno, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

O Estado é laico, mas a liberdade de culto é uma garantia constitucional, escrita na carta brasileira pelo então deputado federal, do partido Comunista, Jorge Amado. Os governos, por lei, não podem tentar impor suas crenças sobre a população, muito menos limitar, ao seu jeito, a fé alheia, seja ela qual for. Seja, até, a falta de fé.

Não cabia à prefeita mutilar o monumento, ou autorizar sua mutilação. Não há justificativa plausível para esta atitude. SE não foi por falta de verba, por que teria sido? Por divergência de credo? Não há interesse de  estimular a discussão fundamentalista religiosa, visto que essa intolerância é a mais violenta, capaz de matar “em nome de Deus”.


Mas uma coisa é mutilar o monumento, outra é mutilar a história e seguir impune.

O monumento foi vítima da intolerância?

2 comentários:

  1. Hitler, segundo a história, era um artista frustrado , e como tal perseguia , queimava, destruía, em nome de seus recalques e frustrações.
    Muitos desequilíbrios mentais constroem os déspotas de hoje mas os tempos são outros e a conivência já não abarca tantos adeptos insanos e interesseiros como outrora, daí tanta rejeição e tanto nojo.
    Rejeição imensa de um casal que em sua alcova deve planejar em que data deverão abrir o mar vermelho !

    ResponderExcluir
  2. Fernando , procure saber quem terminou a obra com o projeto diferente.
    Foi uma determinação da então primeira dama em 2010, católica praticante.
    Quem te contou a história esqueceu desse detalhe. Se fosse por questão religiosa,acredito que a prefeita teria feito o projeto como planejado. Ela vai a missa da Festa de Santo Amaro, faz carnaval e vai a eventos católicos.
    Dessa forma quem mutilou o monumento, não foi ela. Sejamos coerentes.

    ResponderExcluir

Deixe sua opinião