quarta-feira, julho 16, 2014

BRICS FUNDAM BANCO DOS EMERGENTES

(Por e-mail)

Prezado Fernando Leite 

A propósito da matéria de 15/7/14 veiculada no ESTADÃO, sobre  a criação do CRA - o banco dos países componentes do BRICS (http://jornais.prensamundo.com/ver.php?url=http://www.estadao.com.br) faço um comentário:

Por mero cálculo aritmético verifica-se que o rateio do investimento dos cinco países se baseou na média de três índices: população, PIB, rendaper capita. (demonstrativo em anexo).
O aporte de cada um foi:
China, 41; Índia, 18; Brasil, 18; Rússia, 18; África do Sul, 5 (bilhões de dolares).

Ocorre que o terceiro índice teria de ser descartado por dissimular uma falácia. Como ele é a relação entre PIB e população – que já foram devidamente computados nos dois primeiros – a sua consideração é uma redundância que se traduz no notório “dar com u’a mão e tirar com a outra”.
Ou seja, neste último indicador a população entra como denominador de uma fração, o que tem o poder de diminuir sensivelmente o correto aporte dos países mais populosos, a China e a  Índia, justamente os gigantescos países asiáticos que mais precisam de infraestrutura (para o qual específicamente o fundo foi criado). Hermanos vizinhos!

A média legítima seria somente entre a população e o PIB. Ficando assim o rateio:

China, 52,4; Índia, 26,3; Brasil, 10,3; Rússia, 9,0; África do Sul, 2,0 (bilhões de dolares).

Como ficou, a China e a Índia deixaram de aportar 11,4 e 8,3 bilhões (22 e 32% de vantagem); Brasil, Rússia e África do Sul, investiram a maior 8, 9 e 3 bilhões (75, 100 e 150% de desvantagem), respectivamente.

Não é a toa que os indianos são os maiores matemáticos do planeta. E advinhem quem será o presidente?

Mais uma copa perdida?
Saudações 
Jose Ronaldo Saad
Eng civil


(cópia para Joca Muylaert e Roberto Moraes)
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