domingo, maio 25, 2014

POLICIAIS DO RIO FAZEM PASSEATA

Famílias de policiais caminharam no centro do Rio. (Fotografia Gabriel de Paiva)

RIO — Cerca de 200 pessoas, entre parentes e amigos de policiais militares mortos, estavam concentradas no Posto Seis, em Copacabana, no início da manhã deste domingo, para uma caminhada pela orla. O movimento foi organizado pela cabo Flávia Lousado do Batalhão de Grandes Eventos. Segundo ela, a caminhada, batizada de “A vida do policial é sagrada como toda vida é”, pretendeu dar visibilidade para assassinatos de policiais “que nem chegam a ser publicados pela imprensa”. Por volta das 12h, o grupo seguia em caminhada pela orla.
— Este ano, já foram 31 mortos e outros 117 baleados. A gente quer conscientizar a sociedade para que as pessoas lembrem que estamos sendo vítimas da mesma violência que combatemos — informou Flávia.
Andréa Pontes, de 42 anos, é a esposa do sargento Eduardo Rogério Soares, reformado do 1º BPM (Estácio), que morreu no dia 28 de fevereiro deste ano durante um assalto a um posto de gasolina em Itaguaí. Ela também acompanhou o ato.
— Ele estava abastecendo o carro quando os bandidos anunciaram o assalto. Ele nem reagiu porque estava com a neta de dois anos no carro, mas quando foi identificado como policial acabou morto pelos bandidos — contou Andréa, que é a auxiliar de escritório desempregada e faz acompanhamento psicológico desde a morte do marido.
Esposa do soldado Marcelo Poydo, que morreu aos 30 anos, em abril deste ano, Michele Nascimento de Moura, de 26, levou o filho do casal, de 7 anos, para participar da caminhada. O menino, que se chama Caio, estava com farda do Bope:
— O sonho dele é ser policial também, mas não sei se aguentaria mais esse sofrimento.


Matéria completa em O Globo. 

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