O DRAMA DA FALTA DE FRALDAS

Regina Célia é uma amiga de muitos anos. Quando cheguei no Rádio, em 1982, do  século 20, eu  já a encontrei. Sempre simpática, risonha, astral nas alturas.
Por conta de uma fatalidade em família, Celinha assumiu a guarda e criação de uma sobrinha especial, Letícia. Esse fato a recrutou, definitivamente, para a causa de crianças com alguma sequela.
Ela se transfigurou numa mãe-coragem, daquelas que, se for preciso, se oferecem em sacrifício pela filha e olhem o comentário que recebi dela, agora, no meio desse aguaceiro:

Fernando estoucom as seringas para lhe entregar a mtos dias;mas INFELIZMENTE minha vida ultimamente tem sido ESTRADA pois LETICIA mudou o quadro de COMPORTAMENTO TOTALMENTE;Hj por EXMPLO saio as 02 da manha para o HOSPITAL DA LAGOA estou nesta chuva todas atraz de FRALDAS pois nao tenho mas condiçoes de comprar 8 fraldas por 18 reais,,,,AMIGO SEXTA FEIRA espero em DEUS esta em campos para lhe entregar as SERINGAS...PERDOE A DEMORA....bjxxxx Mta luz!!

Esta mulher, cidadã de Campos, mãe especial, está na estrada, em direção ao Hospital da Lagoa, no Rio, para apanhar fraldas para Letícia. Ora, minha senhora, se um governo biliardário não serve para garantir fraldas para adolescentes, como é o caso de Letícia, mil perdões, mas tenho que constatar: não serve pra merda nenhuma.