quarta-feira, junho 19, 2013

LAMBANÇA NA OBRA DO CENTRO VELHO DE CAMPOS

(Por e-mail)

Oi, bom dia: havia postes no caminho, no caminho havia postes.

Hoje, estive no Centro-Histórico de Campos, para pagar algumas contas, mas como deparei com o comércio fechado, fui dar um passeio pelo trecho reformado, ampliação do calçadão, etc., ver de perto o narrado na bela propaganda veiculada pelo rádio. Olha, não está de acordo com a propaganda. O "acidente" do comércio fechado foi o estímulo ao passeio, que encontrou, ao menos, dois detalhes da obra sem explicações. O primeiro é relativo as rotas acessíveis, que deveriam ser compostas por pisos táteis: alerta e direcional, sendo o de alerta o que contém "círculos" e direcional o que tem "listras". Predomina o direcional, apesar dos vários obstáculos ao longo dos caminhos - onde deveria ser utilizado o de alerta, também - especialmente entorno dos postes, eles não seriam eliminados pela proposta do projeto/obra?? - mas, ao contrário, o predomínio, direciona o deficiente visual ao encontro dos postes e lixeiras, a um "abraço" ou "beijo", certamente indesejáveis!!! Também, a rota direcional, em vários casos, leva a "lugar nenhum", terminam, em alguns casos à ermo e, quando mudam de direção, não estão compostos com os pisos táteis de alerta, como define a NBR 9050. 

Será que nem a fiscalização ou a empresa que executou a obra, ou a Prefeita, quando fez a inauguração da obra perceberam?! Avisem lá!! Ou, ao lerem o que descrevemos, imaginamos, confiram!!!

O segundo detalhe, fica por conta dos postes e cabeamento aéreo que resistiram às obras e permanecem "enfeiando" o Centro-Histórico, rivalizando com a edificação eclética, conjunto arquitetônico valioso, o segundo em quantidade no Estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para a cidade do Rio de Janeiro.

A obra foi para melhorar a mobilidade urbana e resolver os problemas das instalações públicas (infra-estrutura) ou foi para atender a demanda dos comerciantes da área do Centro-Histórico? Foram gastos mais de R$ 65,4 milhões, para isso? Não entendi.

Abç.,

Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista
perito técnico
professor bolsista UENF

As fotografias são do Renato Cesar e lamentavelmente não pude postar todas

3 comentários:

  1. Foram para atender a demanda da famiGlia!
    Alguem ainda supõe ser por 20 centavos?
    Amanhã, na praça São Salvador , 18h!

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  2. E os fios eletricos? Vão ficar? Não vai enterrar não? Fiz parte do projeto!

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  3. Ao que me lembro as fiações seriam todas subterrâneas, acabando com essa poluição visual que é esse emaranhado de fios expostos, que dificulta a apreciação da arquitetura dos prédios... mas parece que foi esquecido.

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