Na
audiência pública sobre a Ampla, promovida nessa terça-feira, 25, na
Alerj, os deputados estaduais cobraram da concessionária medidas para
sanar os problemas emergenciais nos 66 municípios fluminenses que
atende. O deputado federal Fernando Jordão, membro da Comissão de Minas e
Energia da Câmara Federal, que participou da audiência a convite do
deputado estadual Roberto Henriques, requerente da audiência pública,
ficou de agendar com a comissão um novo encontro no Rio em setembro, em
data a ser definida pelos parlamentares em Brasília, quando a empresa
apresentará um cronograma de investimentos a curto, médio e longo
prazos, cobrado pelos parlamentares na audiência. A ideia é que o novo
encontro reúna prefeitos, vereadores, agências reguladoras e
representantes da empresa e da sociedade civil organizadora para
discutir os avanços que ocorrerem após a audiência pública desta
terça-feira.
O
próprio Roberto, que também foi o solicitante da audiência pública da
1001, ocorrida há duas semanas, quer que os slides apresentados por
ambas as empresas, com os quadros de atuação em excelência e projetos de
investimentos já ocorridos e previstos para curto e médio prazos sejam
coincidentes com a realidade que a sociedade vivencia. “Percebo que há
uma farsa, uma omissão seja do governo, das empresas, ou das próprias
reguladoras, que têm a missão de fiscalizar, mas a verdade é que o que
percebemos na prática destoa do que o ocorre no cotidiano da
distribuição de energia no Estado”.
A
audiência foi presidida pelo deputado Paulo Ramos e contou com a
presença do deputado federal Fernando Jordão, ex-prefeito de Angra dos
Reis, que é membro a Comissão de Minas e Energia em Brasília e já
realizou também lá audiência pública para questionar a eficiência da
Ampla, hoje, a quinta maior empresa de distribuição de energia elétrica
do mundo. Vereadores dos municípios de Tanguá e São Gonçalo questionaram
que em seus municípios há problemas como piques de energia, redes
antigas e postes obsoletos. Representantes de associações de moradores e
conselhos de usuários também reclamaram das tarifas praticadas e das
podas irregulares das árvores, sugerindo a atuação em conjunto com as
secretarias municipais de Meio Ambiente.
José
Bismark, da agência reguladora de energia e saneamento, na verdade
atende a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) — por ser a
concessão federal, passada ao estado por convênio —, se defendeu
afirmando que não há engenheiros elétricos no quadro para fiscalizar os
municípios e já pediu a contratação de 10, mas até agora não foi
atendido. Ele próprio mora em Niterói e é vítima dos problemas
constantes sofridos como consumidor, em períodos de festas, como
carnaval e fim de ano. “É preciso descentralizar para surtir o efeito
esperado”.
Roberto
Henriques espera que o tempo sirva para a empresa trazer soluções. “Que
neste tempo a Ampla já nos traga respostas mais concretas, trabalhos
mais eficientes, planejamentos possíveis de serem executáveis, de acordo
com a realidade de cada município. E se for problema com agência
regularidade, que resolvamos com o governo. O que não podemos é abrir
mão de exercer nosso papel de defender a sociedade.”
(ascom)
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