GAP, UMA ÓPERA BUFA

A loba que amamentou Romulo e Remo, fundadores de Roma (Mitologia grega)

É inacreditável que a prefeitura de Campos continue, com ares de normalidade, a manter o contrato firmado com a GAP, embora, tenha anunciado suspensão do trato comercial, o que, na pratica, nunca ocorreu.

A situação é tão esdrúxula e, ao mesmo tempo, tão emblemática que lembra o mote que acompanhou a vida política do líder paulista Ademar de Barros, aquele "do rouba mas faz".

A avalanche de escândalos é tão voraz que a memória não dá conta e o jeito é sempre tratar do penúltimo caso. Pois bem, o crime administrativo da hora, é o da GAP, que durante os últimos 5 anos, terceirizou o serviço estratégico de ambulâncias do Município.

Ocorre, que a empresa tem um dono fantasma, George Augusto Pereira, um proprietário que, desavergonhadamente, não existe e por não existir, provavelmente, utilizando a psicografia nomeou para exercer em seu lugar com plenopotenciários  poderes, o seu sócio(?) Fernando Trabach. Isso é um deboche civil, que deixa em situação incômoda os órgãos públicos de defesa do interesse coletivo, mormente, a Câmara Municipal de Campos, poder soberano, cujo dever primeiro é o de fiscalizar o Executivo e suas artimanhas.

O máximo de argumentação de defesa da prefeitura de Campos sobre esta bofetada na cara da cidadania, foi a seguinte: a empresa enganou também outros órgãos do Estado, inclusive, a Policia Civil. Então o que nos resta, um tango argentino? Melhor a máxima de Stanislaw Ponte Preta, "ou se restaura a moralidade, ou nos locupletemos todos!".

Impossível não lembrar a voz de Oposição do Garotinho, há alguns anos atrás, quando metralhava seus adversários, do estúdio da Radio Diaro. Diante de denúncias contra o governo de então, o deputado proclamava "se a Policia não tomar as providências cabíveis, têm que mandar abrir as portas do presídio Carlos Tinoco."

Para esclarecer tudo, para salvar a história contemporânea, que sucumbe em meio a esta mixórdia, o mais valente do governo municipal, deveria apresentar à sociedade enganada de Campos, o senhor George Augusto Pereira, o homem sem sombra, sem cara e sem caráter.

O palco apropriado para esta ópera bufa seria o Cepop.