O presidente Barack Obama disse nesta terça-feira que as explosões ocorridas ontem (15) perto da linha de chegada da Maratona de Boston são um "evidente ato de terror". Um crime pode ser classificado de terrorismo sempre que envolve "bombas empregadas para atingir inocentes", afirmou.
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O democrata destacou, no entanto, que ainda não há informações sobre a autoria do crime. Não se sabe ainda se quem está por trás é uma organização ou um único indivíduo nem se a origem é doméstica ou internacional. "Tudo, a essa altura, é especulação", disse.
"Os americanos se recusam a ser aterrorizados", afirmou.
Ontem, em uma breve declaração, Obama havia evitado falar em "terrorismo". Ele havia afirmado apenas, como repetiu nesta terça, que os culpados serão perseguidos, presos e levados à Justiça.
Segundo o FBI (polícia federal americana), trata-se de uma "investigação criminal que é uma investigação terrorista em potencial".
Nesta terça-feira já foi esclarecido que os pacotes que foram detonados nas horas subsequentes às explosões não eram explosivos, ou seja, o ataque foi composto de duas bombas, detonadas de forma aparentemente coordenada. As explosões ocorreram por volta das 14h50 (15h50 em Brasília) desta segunda-feira, na Boylston Street, ponto final do percurso da maratona, cerca de três horas depois da chegada dos vencedores --o local, porém, ainda estava cheio de participantes e torcedores.
Nesta terça, agentes realizaram uma busca em um imóvel da cidade de Revere, também no Estado de Massachusetts, como parte das investigações, conforme informações da mídia americana.
Objetos foram apreendidos, conforme informações da rede de TV CNN. Não há informações sobre prisões, e ninguém reivindicou a autoria do crime.
De acordo com o FBI, não há risco de novos ataques, muito embora a segurança na cidade esteja reforçada. Os quarteirões mais próximos do local das explosões permanecem interditados e deverão ser palco de testes periciais por mais alguns dias.
Diversas testemunhas estão sendo ouvidas, e a polícia pediu a elas que cedam todas as fotos que tiverem, de modo a melhorar a investigação.
Fonte: Folha de São Paulo.
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