sábado, dezembro 22, 2012

SOBRE A NUTRIÇÃO DO FERREIRA MACHADO

(Por e-mail)

Caro Fernando,

Antes de tudo quero deixar bem claro que a minha posição aqui é de cunho estritamente pessoal. Não tenho e nem preciso de procuração de quem quer que seja, quando se trata de expressar a minha opinião. 

Há algum tempo venho acompanhando aqui em seu blog ataques contundentes à nova direção do setor de nutrição da FMS/HFM. Todos camuflados – imoral e covardemente – atrás do anonimato ou nomes falsos. Artifício que muitos costumam usar para puramente denegrir a imagem de alguém ou apenas por vingança pessoal, sob tranquilidade do anonimato que nós, blogueiros (sim, eu também sou blogueira), lhes conferimos. A diferença é que alguns o usam com responsabilidade, enquanto outros... mas no final, a decisão é sempre nossa.

Muita gente também sabe que sou funcionária [concursada] da FMS, lotada no HFM. Trabalho diariamente e frequento o refeitório do meu local de trabalho. Desde que a nova chefia assumiu o cargo, o cardápio mudou radicalmente, e para melhor; o que não acontecia antes. Se a alimentação não fosse boa, funcionários e acompanhantes de pacientes não formariam as imensas filas que vemos diariamente antes da abertura das portas do refeitório e durante todo o tempo em que as refeições são servidas.

É ridículo – e até desonroso – que essa pessoa que se diz "doador de sangue" [porque tenho certeza absoluta que não o é] venha a relacionar o ato da doação ao da alimentação. Há muito ficou para trás o tempo em que doadores trocavam sangue por dinheiro ou lanche. Hoje o ato é muito mais sublime: ou se doa voluntariamente ou para alguém próximo. Um doador voluntário jamais iria ao hemocentro em troca de um lanche, porque o seu gesto é infinitamente superior a isso. Mente descaradamente esta pessoa quando fala do lanche distribuído aos doadores. Num universo de milhares de doadores cadastrados no hemocentro – embora nem todos doem com frequência – este é o primeiro “doador” que vejo se queixar. Interessante, não? Cômico, se não fosse trágica, a mentira.

Só para ilustrar: sou filha de doador voluntário. Meu pai era militar e, quando criança, a cada três meses, ele costumava me levar ao banco de sangue do Hospital de Base de Brasília, para acompanhá-lo em suas doações. Ao final, ele recebia um copo com laranjada e três ou quatro biscoitos cream cracker, que ele gentilmente me repassava. Foi graças a isso que perdi meu medo por exames de sangue e a ter um tremendo respeito pelos verdadeiros doadores voluntários. E só não sou doadora voluntária porque a hipertensão me impede. E se o fosse, um cafezinho ao final já me seria suficiente para repor a energia. Por isso, considero extremamente ridícula, vulgar e desnecessária a postagem deste seu leitor(a), ao tentar atingir uma instituição como o hemocentro, com relevantes serviços prestados à comunidade.

Faço coro com o comentarista Marcelo Bessa e os demais das 20:41, 22:00 e 00:01. E reitero, em meu nome, o convite do comentarista das 16:58: venha nos visitar e ver de perto a alimentação que é servida aos funcionários do HFM e aos doadores do hemocentro. Aproveite para ouvir a opinião dos verdadeiros doadores voluntários.

E cá pra nós: estes ataques, de cunho meramente pessoal, já ultrapassaram as raias do ridículo [como se todos os funcionários não soubessem de quem está partindo]. Quem teve a chance de se estabelecer, e não o fez (por falta de vontade ou incompetência), perdeu a vez.

Eu tenho nome, sobrenome e matrícula. E desafio, daqui por diante, que aqueles(as) que tentam desestabilizar o setor de Nutrição da FMS, também façam o mesmo. Saiam do anonimato. Tenham coragem. Assinem seus nomes reais. É muito mais digno. 

E vamos trabalhar, porque é para isso que somos pagos com o dinheiro público.

A César o que é de César.

Rose David

2 comentários:

  1. fernando discordo da rose o que importa é a opinião e não a indentidade

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  2. Mas é claro que você, caro(a) anônimo das 13:22, discorda de mim. Afinal, é muito mais cômodo se esconder atrás do anonimato, não? Você pode dizer o que bem quer (verdade ou mentira), pode denegrir a moral e a imagem de quem bem entender, pode enlamear o nome e o trabalho de qualquer um... e continuar comodamente escondido atrás do anonimato. Tão fácil, não? E se fosse com você? Já se imaginou na situação inversa? Ou você se acha acima do bem e do mal?

    Opinião, meu(minha) caro(a) leitor(a), é uma coisa. Juízo de valor é outra. Opinião a gente não deve ter medo de emitir e nem de se identificar. Um exemplo é o próprio Fernando Leite e tantos outros blogueiros (entre os quais me incluo), que assumimos nossas posições e opiniões e assinamos embaixo do que escrevemos, mesmo correndo o risco de sermos retaliados, processados etc.

    Opinião eu respeito. Juízo de valor sem provas e sem apuração, não.

    E me pergunto, caro anônimo das 13:22: que motivos o(a) levam a continuar se escondendo atrás do anonimato? Ahhhh, e não me venha com a balela de que teme ser "perseguido(a)" etc. etc. Para esses casos há leis que o protegem. É só lançar mão delas.

    Tenha um bom dia Ana, João, Marina, Pedro, Flávia, Rogério, ou seja lá qual for o seu nome, caro(a) anônimo(a) das 13:22. E torço para que você arrume coragem suficiente para assumir sua "opinião", no caso em pauta.

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