sábado, fevereiro 11, 2012

O POETA ANTONIO ROBERTO VIROU ENREDO DE CARNAVAL

A Escola de Samba Unidos de São Vicente, de São Fidélis, levará, neste carnaval, a história do poeta Antonio Roberto Fernandes para a avenida. Ouça o samba enredo:



Produção de Rafael Fernandes.

5 comentários:

  1. MERECIDAMENTE ! COM CERTEZA ESTÁ EM UM LUGAR LINDO .

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  2. Tudo que se fizer para homenagear este "lírico incorrigível" será sempre menos do que ele merece! Como tem feito falta! Homenagem pra lá de merecida! Aplaudo calorosamente!

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  3. PROCURA DA POESIA

    Não faças versos sobre acontecimentos.
    Não há criação nem morte perante a poesia.
    Diante dela, a vida é um sol estático,
    não aquece nem ilumina.
    As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
    Não faças poesia com o corpo,
    esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

    Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
    são indiferentes.
    Nem me reveles teus sentimentos,
    que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
    O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

    Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
    O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
    Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

    O canto não é a natureza
    nem os homens em sociedade.
    Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
    A poesia (não tires poesia das coisas)
    elide sujeito e objeto.

    Não dramatizes, não invoques,
    não indagues. Não percas tempo em mentir.
    Não te aborreças.
    Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
    vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
    desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

    Não recomponhas
    tua sepultada e merencória infância.
    Não osciles entre o espelho e a
    memória em dissipação.
    Que se dissipou, não era poesia.
    Que se partiu, cristal não era.

    Penetra surdamente no reino das palavras.
    Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
    Estão paralisados, mas não há desespero,
    há calma e frescura na superfície intata.
    Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
    Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
    Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
    Espera que cada um se realize e consume
    com seu poder de palavra
    e seu poder de silêncio.
    Não forces o poema a desprender-se do limbo.
    Não colhas no chão o poema que se perdeu.
    Não adules o poema. Aceita-o
    como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
    no espaço.

    Chega mais perto e contempla as palavras.
    Cada uma
    tem mil faces secretas sob a face neutra
    e te pergunta, sem interesse pela resposta,
    pobre ou terrível, que lhe deres:
    Trouxeste a chave?

    Repara:
    ermas de melodia e conceito
    elas se refugiaram na noite, as palavras.
    Ainda úmidas e impregnadas de sono,
    rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

    ( Carlos Drummond de Andrade )

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  4. Sou apenas uma boa observadora das coisas de Campos e o Antonio Roberto Fernandes , ao que parece, É(ninguem morre enqto existe no coração e na memória de alguem)daquelas PESSOAS que nos faz a todos ter orgulho de pertencer à raça humana.
    Parabens aos seus familiares e a todos que partilharam suas vidas com ele.

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  5. o POETA MERECE ENREDO E MUITO MAIS, MERECE UMA ESTÁTUA PELA SUA POESIA E POR UMA VIDA LIMPA, DIGNA E DEVOTADA Á NOSSA CULTURA.
    RUAN

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