Em Campos, o passado não manda lembranças. Há alguma sinalização oficial da casa onde morou Patrocínio? Onde funcionou o jornal libertário 25 de Março, de Lacerda? Onde era a praça do Rocio, local de suplício de escravos? Onde morou Nina Arueira? Há alguma referência física – um monumeno - sobre os mortos no comício integralista de 1937? Não!
Agora a Santa Casa de Misericórdia de Campos constrói um edifício-garagem bem no centro velho da cidade, onde existiram a Igreja Mãe dos Homens e o prédio da própria Santa Casa. A sugestão é que o Benedito Marques, provedor da instituição, inclua na obra um marco histórico das velhas edificações, promova o resgate do passado.
É claro que a vida não para e o empreendimento será importante para custear o trabalho prestado pela Santa Casa, mas se não houver nenhuma referência às construções que existiram ali, estaremos violando nossa memória mais cara.
Onde hoje é o canteiro da obra do edifício-garagem, no final do século XVIII, havia a Igreja Mãe dos Homens, a Santa Casa e um pequeno cemitério. Veja as imagens históricas: (Acervo de Leonardo Vasconcelos)
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Prédio da Santa Casa e igreja ao fundo |
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Frontal da Igreja e Santa Casa |
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À direita, o complexo da Igreja e hospital |
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A praça e a Igreja e a Santa Casa ao fundo |
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Praça do Santíssimo Salvador |
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Vista lateral da Santa Casa, na beira rio |
Em qualquer locao civilizado o nove não impede de se preservar o ¨velho¨.
ResponderExcluirLamentável a descaracterização do centro.
Triste vermos uma praça São Salvador sem os passarinhos ao entardecer em nome de uma modernidade fria de granitos que poderiam até fazer parte de novas praças em outros locais da cidade mas NÃO na nossa querida pça central.
Triste não existir mais o antigo Trianon que poderia ser mais um local de cultura em Campos , sendo ele mesmo uma bela obra arquitetonica,
Lamentável as marcas deixadas pela insensibilidade .
O projeto é um pavoroso caixote de concreto que em tudo destoa das fachadas antigas da praça São Salvador. Fico me perguntando o que passa pela cabeça de arquitetos quando fazem algo desse tipo. E fico me perguntando o que passa pela cabeça de responsáveis por instituições como a Santa Casa para aprovar algo do gênero. Custava pensar em algo que combinasse referências ao antigo prédio com a necessidade econômica da Santa Casa?
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