(Por e-mail)
Fernando,
Lamento que a “Magnífica reitora pro tempore” e o seu grupo, não tenham tido a humildade e a dignidade de aceitar a derrota, que se anunciava, com altivez e respeito ao jogo democrático. Vou relatar o que assisti durante a apuração e que foi visto por todos que estavam presentes.
Enquanto se esperava chegar as urnas dos câmpus mais distantes, para a apuração dos votos para reitor, foram apuradas as urnas para diretor do câmpus Campos, que impôs à candidata da reitoria, professora Guiomar, uma fragorosa derrota, reelegendo o professor Jefferson.
A eleição para Diretor Geral do câmpus Campos Centro teve os seguintes resultados:
CANDIDATOS | Docentes | Técnico Administrativo | Alunos | TOTAL FINAL | % corrigido |
JOANES | 10 | 1 | 107 | 118 | 3,14 % |
GUIOMAR | 90 | 65 | 445 | 600 | 28,26 % |
JEFFERSON | 181 | 148 | 1436 | 1765 | 68,60 % |
VALIDOS | 281 | 214 | 1988 | | |
BRANCOS | 1 | 0 | 0 | | |
NULOS | 4 | 2 | 16 | | |
TOTAL | 286 | 216 | 2004 | | |
Como pode se observar a vitória de Jefferson nos três segmentos foi incontestável, mostrando o grande descontentamento dos alunos e servidores do maior câmpus do IFF com a administração da reitora pró tempore, já que a professora Guiomar, atual Pró-reitora de Desenvolvimento Institucional do IFF, como já foi dito, era apoiada por ela.
Esse resultado era esperado, até pelo grupo que apoiava Cibele. A esperança e a certeza de vitória estavam nos votos dos outros seis câmpus do IFF, onde estão lotados a maioria dos servidores recém admitidos no IFF e onde a reitoria fez uma campanha maciça. Além dos Diretores Gerais terem sidos nomeados pela reitora. Podemos afirmar que a campanha feita nesses câmpus foi uma campanha terrorista, atemorizando e intimidando a comunidade acadêmica, colocando o outro candidato como verdadeiro bicho papão. É importante salientar que a Reitoria impôs um período de campanha eleitoral extremamente curto, o que não permitiu ao candidato de oposição se tornar mais conhecido e expusesse e debatesse melhor as suas propostas com os servidores desses câmpus.
Com a chegada de todas as urnas, teve inicio a apuração dos votos para reitor, no primeiro segmento apurado, o de técnicos administrativos, a professora Cibele teve uma vitória por diferença de 40 votos, no segundo segmento a ser apurado, o de docentes, o professor Luís Augusto teve uma vitória também por 40 votos. Ai começou o desespero de Cibele e seu grupo, eles esperavam vencer bem nesses dois segmentos e liquidar a eleição. Porém não foi isso que ocorreu, ficando claro que a eleição seria decidida pelos estudantes. Assim, Luís Augusto, teoricamente, já levaria do câmpus Centro uma vantagem de 1098 votos, caso houvesse a esperada transferência de votos, devido ao apoio dos professores Joanes e Jefferson a sua candidatura a reitor.
Com a conferencia das listagens foi constatado que a listagem de alunos apresentava sete assinaturas que não constavam da lista (o início da votação atrasou cerca de uma hora aguardando uma lista correta com os nomes dos alunos regularmente matriculados acarretando, inclusive, diversas desistências por parte dos alunos, devido às longas filas). Torna-se imprescindível esclarecer que esses sete alunos estão regularmente matriculados e que, apenas, os seus nomes não constavam da listagem entregue à comissão eleitoral.
Aproveitando essa situação, a professora Cibele invadiu o local de apuração exigindo da Comissão Eleitoral a impugnação da urna dos estudantes do câmpus Centro, e que só fossem apuradas as urnas dos demais câmpus, onde tinha certeza que venceria. Com esse ato de desespero da reitora a comissão eleitoral se sentiu pressionada e se posicionou a favor da reitora o que desagradou a grande maioria dos presentes, principalmente os estudantes, que numa postura política e consequente, para impedir mais uma manobra antidemocrática da reitora, foram obrigados a ocupar a reitoria, com o objetivo de chamar atenção da população de Campos para os fatos lamentáveis que estavam ocorrendo no IFF.
Os estudantes estão de parabéns por terem feito uma ocupação pacífica onde nada foi danificado ou mexido. Após muita negociação, inclusive com a presença da Policia Federal, chamada pela Reitora para retirar os alunos da reitoria (que também constatou que nada foi danificado ou mexido pelos alunos que realizaram a ocupação), chegou-se a um acordo e as urnas foram abertas e o que a reitora pró tempore e seu grupo tanto temiam aconteceu, o professor Luiz Augusto se tornou o primeiro reitor eleito do IFF, venceu com uma margem folgada entre os alunos, mostrando que os mesmos estavam certos por lutar pela abertura da urna com os seus votos.
A eleição para Reitor do IFF teve os seguintes resultados:
CANDIDATOS | Docentes | Técnico Administrativo | Alunos | TOTAL FINAL |
CIBELE | 251 | 265 | 1934 | 2450 |
LUIZ AUGUSTO | 291 | 225 | 2409 | 2925 |
VALIDOS | 524 | 490 | 4343 | 5357 |
BRANCOS | 1 | 3 | 30 | |
NULOS | 14 | 4 | 34 | |
TOTAL | 557 | 497 | 4407 | |
É importante frisar que a administração da professora Cibele foi reprovada por 51,69% dos servidores e alunos do IFF, além de ter os seus candidatos (apoiados por ela) derrotados nos três câmpus que ocorreram eleições para Diretor Geral (por serem os mais antigos do IFF), câmpus Campos Centro, câmpus Macaé e câmpus Bom Jesus.
A professora Cibele e seu grupo deveriam calçar as sandálias da humildade e aceitar a decisão soberana e democrática da comunidade do IFF e não ficar posando como a grande injustiçada, espalhando inverdades através de notas e pelo blog de seu aliado, que posa de democrata, mas não publica as postagens de quem contesta as suas “verdades” e tenta fazer da mentira a verdade.
Um abraço
José Guerreiro
PS. Envio, em anexo, a Carta dirigida a comunidade redigida pelo presidente da Comissão Eleitoral local.
COMISSÃO ELEITORAL LOCAL DO CAMPUS CAMPOS-CENTRO
ESCLARECIMENTOS SOBRE O PROCESSO DE VOTAÇÃO NO CAMPUS
Eu, Jonivan Coutinho Lisbôa, gostaria de me pronunciar oficialmente como presidente da
Comissão Eleitoral Local do campus Campos-Centro, de modo a fornecer esclarecimentos à
comunidade do IFF sobre como aconteceu o processo de votação no dia 14 de dezembro passado,
de modo a dirimir as dúvidas que por ventura possam surgir sobre os fatos ocorridos durante o
transcurso do pleito.
1. Da organização das mesas
De acordo com as normas aprovadas pelo Conselho Superior, a responsabilidade pela
organização das seções eleitorais era das Comissões Locais. Sendo assim, foram organizadas no
Ginásio de Esportes quatro mesas para captação de votos para Reitor (uma para servidores, com
duas urnas, e três para alunos, com três urnas), e quatro mesas para captação de votos para Diretor
Geral (uma para servidores, com duas urnas, e três para alunos, com três urnas). Tal quantidade de
mesas funcionou de maneira satisfatória, dada a quantidade de mesários que se voluntariaram a
colaborar com o processo eleitoral, aos quais aproveito aqui para deixar meus agradecimentos. Em
alguns momentos, as mesas para alunos ficaram congestionadas, mas os votantes aguardaram
pacientemente e de forma organizada, e o processo de votação não foi tumultuado.
Quando os eleitores chegavam ao recinto de votação (a quadra do Ginásio), eram
direcionados primeiramente às mesas de coleta de votos para Reitor, que ficaram colocadas em uma
fileira próxima à entrada da quadra, e depois eram direcionados para as mesas de coleta de votos
para Diretor Geral, situadas em uma segunda fileira paralela à primeira, mais ao fundo da quadra.
Os eleitores entravam por um portão junto à arquibancada à esquerda de quem chega, e saíam por
um portão junto à arquibancada do lado oposto.
2. Das listagens de eleitores
As listagens de eleitores foram fornecidas pela Comissão Eleitoral Central. A lista de
servidores foi oriunda da DGP, e a listagem de alunos foi oriunda da Pró-Reitoria de Ensino,
enviada a esta pela Direção Geral do campus, que a obteve do Sistema Acadêmico Qualidata. As
listas de servidores foram agrupadas por categoria (Docentes e Técnico-Administrativos), e as listas
de alunos foram agrupadas por curso. Todas as listas foram publicadas desta maneira no Portal do
IFF e, no caso do campus Campos-Centro, no quadro da Direção Geral (lista de servidores) e no
espaço dos pilotis do Bloco A (lista dos alunos). A intenção era que os eleitores que não
contivessem seu nome na listas divulgadas pudessem procurar o motivo disso, e pudessem ter seu
direito a voto assegurado.
3. Da utilização das listagens no dia da votação
No dia da votação, as listagens de servidores foram distribuídas para as respectivas mesas
captadoras de votos. No caso da listagem de alunos, para ajudar a conferência de matrículas
duplicadas e assim impedir o voto duplo, foi gerada a partir do Sistema Acadêmico Qualidata
(mesma fonte da listagem divulgada) uma lista auxiliar, porém ordenada nominalmente e sem
distinção de curso. Assim, os nomes dos alunos que tivessem mais de uma matrícula sairiam em
sequência na lista, e sua identificação seria imediata. Na hora do voto, a instrução dada aos
mesários era que colhessem a assinatura do eleitor em frente a um dos nomes e riscassem os outros
nomes que por ventura aparecessem repetidos para ele. Esse era um expediente simples que
facilitaria bastante o processo, visto que existem cerca de 800 alunos com duplicidade de matrícula
no campus. Como Coordenador de Planejamento e Acompanhamento Institucional, possuo o devido
acesso ao Sistema Acadêmico para eventuais consultas, e a obtenção de tal listagem estava entre as
permissões que me são garantidas no Sistema. Ressalte-se que tal expediente foi de minha
responsabilidade, mas para utilizá-lo obtive o conhecimento e o consentimento dos membros da
Comissão Eleitoral Central presentes no início da votação – o seu presidente, prof. Christiano
Carvalho Leal do campus Campos-Guarus, e o prof. Luciano Ferreira Machado do campus
Quissamã.
Com o começo da votação, foi identificado um problema na listagem ordenada
nominalmente, que apresentava-se incompleta em relação à listagem agrupada por cursos
anteriormente divulgada. A princípio, o fato me pareceu estranho, pois a base de dados e o sistema
utilizado para a geração de ambas a listagens são os mesmos – a base do Sistema Acadêmico
Qualidata. Porém, possivelmente o fato pode ter se devido a alguma falha técnica não detectada na
operação do sistema, seja de software ou mesmo de operador – no caso, eu mesmo.
Para que a falha não comprometesse o andamento da votação, e com pouco tempo para
solucionar o problema, rapidamente contactei os professores Christiano e Luciano, explicando o
fato e explicando também o procedimento que seria adotado pelos mesários, que foi o seguinte: na
chegada para votação, o aluno era encaminhado para uma das mesas que continham a listagem
ordenada nominalmente – as mesas receberam partes da listagem de acordo com as letras dos
nomes (A-I, J-Q e R-Z); caso seu nome não aparecesse na lista ordenada nominamente, o aluno era
encaminhado para uma outra mesa, que tinha a listagem agrupada por curso, esta completa. Para
esta última mesa, os mesários foram instruídos a eliminar as duplicidades, procurando em cada
curso o nome dos alunos, colhendo a assinatura em uma delas e riscando as demais.
O procedimento, que foi explicado aos mesários, teve a anuência dos membros da Comissão
Central, e também dos fiscais de candidatos presentes no recinto. Ressalto em especial a atenção
dada ao processo de votação pelos colegas Revair Mendes e Fábio Alvarenga, ambos servidores do
Instituto e fiscais das candidaturas das professoras Cibele e Guiomar, que a todo instante pediam
esclarecimentos sobre o procedimento de coleta de assinaturas, estando assim bem instruídos sobre
o mesmo, mostrando o devido zelo para que tudo transcorresse de forma normal. Ressalto ainda
que, como tive a responsabilidade de gerar a lista nominal, e na ocorrência do problema relatado,
assumi a responsabilidade de fiscalizar pessoalmente o encaminhamento dos alunos às mesas de
votação, o que fiz durante todo o período de votação, que transcorreu de 10h às 22h. Posso garantir
aqui com consciência tranquila que nenhum aluno que assinou a primeira lista assinou também a
segunda lista. Aqui, aproveito para agradecer ao colega Revair Mendes, que me procurou após o
término da votação para ratificar que a fiscalização tinha ocorrido de forma eficiente.
4. Da conferência de votação duplicada
Após o final da votação, o professor Christiano Leal, presidente da Comissão Central, teve a
louvável iniciativa de obter junto à Diretoria de Ensino do campus uma listagem de todos os alunos
que possuíam mais de uma matrícula no campus, de modo que ele e seus colegas da Comissão
Central que apurariam os votos para Reitor pudessem se certificar de que não houve ocorrência de
voto duplo. A lista com cerca de 800 nomes foi confrontada com as listas de assinaturas dos
votantes, e a mesa apuradora pôde constatar que de fato não houve nenhum caso de duplicidade de
voto, tendo sido assim confirmado o êxito da solução utilizada.
5. Das assinaturas colhidas em local indevido
Talvez o maior ponto de polêmica da votação, o fato da ocorrência de sete assinaturas
colhidas em local indevido na votação para Reitor, tenha uma explicação bem simples, à luz do
procedimento detalhado anteriormente: os mesários que receberam os donos das assinaturas, ao
constatarem que seus nomes não constavam na lista ordenada nominalmente (a incompleta),
falharam ao não encaminhar os mesmos para a mesa da listagem completa, preferindo colher as
assinaturas no verso da folha. Certamente é uma falha de administração, admitida por mim
enquanto presidente da Comissão Local e responsável pela organização das mesas, porém
perfeitamente tolerável em um universo de pouco mais de 2000 votantes. Assim, as sete assinaturas
corresponderiam a um percentual de 0,35%, facilmente considerável como índice-traço em qualquer
pesquisa estatística.
É importante ressaltar, e tenhamos atenção especial para este fato, que os nomes dos sete
alunos cujas assinaturas foram colhidas em local indevido constavam na lista de eleitores. Assim,
eles tinham direito a voto, o que foi exercido por eles de forma regular.
6. Considerações finais
O intuito desta carta foi prestar esclarecimentos à nossa comunidade, enquanto responsável
pela organização das seções eleitorais, e tentar assim evitar a propagação de informações confusas,
desencontradas e infundadas a respeito do processo eleitoral. Ciente da responsabilidade que me foi
dada pelos colegas que ajudaram a me eleger como membro da Comissão Eleitoral Local, e
posteriormente escolhido presidente da mesma pelos colegas de Comissão, senti-me no dever de
esclarecer com detalhes os fatos ocorridos.
Em resumo, creio que com a explicação dada, pode-se concluir que a forma como foram
utilizadas as listas de alunos não alterou o direito de voto de qualquer aluno, e nem contribuiu para
aumentar o universo de eleitores e o universo de votos depositados nas urnas. Ao final do processo,
as quantidades de votos depositados em todas as urnas correspondiam às quantidades de assinaturas
colhidas nas respectivas listas de votantes. Assim, concluo com segurança e paz de espírito que o
resultado da eleição não foi maculado.
Gostaria de acrescentar ainda que todo o processo eleitoral, desde a formação das Comissões
Eleitorais até a homologação do resultado, passando por toda a fase de organização administrativa,
transcorreu em um período demasiadamente curto para toda a dimensão, a grandiosidade e a
complexidade do pleito. Sendo assim, fica a minha observação e a minha sugestão para que os
processos futuros possam ter um período bem maior para sua organização, para que todos os
responsáveis por sua efetivação possam trabalhar com tranquilidade e minimizar a ocorrência de
falhas administrativas.
Para finalizar, gostaria de frisar que em toda minha carreira de mais de 18 anos como
professor de ETFC/CEFET/IFF, sempre prezei a justiça, a verdade, a boa-fé e o bom trabalho, como
podem atestar, modestamente falando, todos os colegas que comigo já conviveram e ainda
convivem profissionalmente. Como seres humanos, todos nós somos passíveis de falhas. Espero
que, com este comunicado, todas as pessoas envolvidas e/ou afetadas de forma direta ou indireta
pelo resultado do processo tenham obtido a tranquilidade e a certeza de que o mesmo foi legítimo e
expressou a vontade de todos os eleitores que dele participaram, e que não houve nenhum ato mal
intencionado em relação à obtenção do mesmo.
Triste é saber que atrás de tudo isso:poder...poder...
ResponderExcluir¨Ideologia, quero uma pra viver¨!