FACAS
Faz tempo que transformei
Minhas palavras em lanças.
Quando falo crepúsculo, sangra.
Guardem de mim
O que mais gosto,
Levem para longe
o que é azul,
escondam
o que cheira a morango.
Agora fabrico versos afiados,
Grito os nomes dos impostores
De todos os tempos,
Dos canalhas e seus sócios
Como quem corta ao meio uma melancia.
Minha língua é lâmina
E a poesia
É aço.
FernandoLeiteFernandes
Campos, fevereiro de 1997
O tempo passa, menos a poesia que é presente.
ResponderExcluirÉ um PRESENTE do presente,do passado e do futuro.
Parabéns poeta de todos os tempos!
A sua poesia sempre estará, viva mesmo nas previsões mais conturbadas.
João Damásio
Cantor,Compositor e liderança de Movimento Negro.
Gostei...
ResponderExcluirAté parece que foi escrita hoje!
Aproveitando sua intelectualidade pergundo KADAFI se escreve com K ou com G
Ao ler esta poesia, me veio logo a mente, o Antônio Roberto Fernandes, o poeta que conheci lá na "terra da lagosta" em 1972, num festival de música, junto com Capi, Artur Gomes, Paulinho Ciranda e outros que a memória falha. Quando eu fui diretor financeiro do Trianon (2005 a2008) o meu amigo sempre que ia lá, conversar com o Presidente Nilson Maria, eu os interrompia com o assunto abordado, e começávamos a lembrar pérolas de poemas e poesias dos tempos dos festivais. Perdoe-me Fernando, talvez a forma como você escreve não seja como a dele, talvez eu esteja blasfemando mas, me fez lembrar dele. Engraçado, que nós não conhecemos né? muito prazer Geraldo Lopes Raphael, como dizia o Doutor Poeta Antonio Roberto, " o letrista das músicas que Olavo Sargentelli" ganhava os festivais.
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