Por Claudia Dantas Siqueira e Octavio Costa
Desde que surgiu como um personagem central do escândalo do mensalão, em 2005, o ex-deputado federal Roberto Jefferson tornou-se uma espécie de especialista em esquemas de corrupção em Brasília. Agora, mesmo sem mandato parlamentar, o presidente nacional do PTB está acompanhando de perto as denúncias sobre partidos da base aliada no governo Dilma Rousseff. Com o know-how e a desenvoltura de quem já pontificou num escândalo histórico, ele diz não ver semelhança entre esses casos recentes e o mensalão. Em entrevista à ISTOÉ, Jefferson afirma que o PT “rompeu limites éticos”, sendo o primeiro partido a usar a máquina pública para captar recursos. “Hoje todos os partidos têm telhado de vidro”, acredita. Para ele, que considera normal o “loteamento político”, está fazendo falta uma certa etiqueta: “Não pode é pôr o partido dentro do ministério para captar.” O ex-deputado faz elogios à ação de limpeza da presidente Dilma, mas garante que o PTB não quer nada em troca. “Vamos ajudá-la a atravessar essa tempestade, sem pedir contrapartida.”
Se demonstra boa vontade com a presidente, Jefferson fica exaltado ao falar sobre o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no STF. Tem certeza de que Barbosa pedirá sua condenação. E desde já sai atirando: “O Joaquim Barbosa não é um homem do Tribunal, ele quer aplauso em botequim.” Apesar do ataque ao relator, o ex-deputado reconhece que cometeu delito eleitoral de caixa 2. Mas não aceita a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.
A entrevista completa nas edições online e impressa da revista IstoÉ que circula neste domingo, 7.
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