Roberto Pinto ficou pouco mais de 24 horas no poder. Apesar de os vereadores terem votado pelo afastamento de Jorge Mario na terça-feira, o prefeito teve que recorrer à Justiça para conseguir ocupar o cargo. Ele tomou posse na câmara na sexta-feira pela manhã, mas só conseguiu entrar em seu gabinete por volta das 17h, depois que o juiz da 3ª Vara Cível Márcio Olmo confirmou a decisão do legislativo da cidade.
Robertão não pôde entrar na sala durante o dia, pois o ex-secretário de governo Rogério Lippe ficou trancado no gabinete durante todo o dia. Ele se recusava a sair de lá sem uma ordem judicial.
Jorge Mario foi afastado pela Câmara, acusado de envolvimento em irregularidades na aplicação de R$7 milhões destinados pelo Ministério da Integração Nacional às vítimas da tragédia de janeiro, que deixou um rastro de destruição na cidade. Ele chegou a entrar com um mandado de segurança na 3ª Vara Cível do município para tentar anular a decisão do Legislativo, mas o pedido foi negado e ele agora recorre ao Tribunal de Justiça. A expectativa dos aliados do novo prefeito é que o caso só seja apreciado na terça-feira pela desembargadora Norma Suely, que teria recebido o processo.
Na sexta-feira, Robertão chegou à prefeitura numa cadeira de rodas, pois sofreu uma lesão no joelho e teria que ser submetido a cirurgia. Em seu primeiro pronunciamento, ele disse que faria um governo técnico, mas baseado no respeito à sociedade. Ele acrescentou que na sua gestão não haveria fraudes:
- Não poderá ser desviado nem um café. Temos que ter respeito com a sociedade, que desde janeiro está sofrida, sem proteção - disse Robertão.
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