quarta-feira, junho 08, 2011

BR 101:PEDÁGIO, DESCASO E PASSIVIDADE


Replico, à pedido, o texto do engenheiro José Ronaldo, postado no blog do Roberto Moraes sobre as condições da rodovia BR 101.

Confira:

"Caro Prof. Roberto Moraes
Com certeza a maioria dos campistas e sanjoanenses já teve a oportunidade de percorrer a BR 356, que liga os dois municípios, após as obras que a colocaram no patamar das melhores estradas brasileiras.

Penso que há unanimidade em relação ao fato de que os 41 quilômetros dessa estrada se transformaram em um verdadeiro tapete oferecido ao tráfego. Não só pelo acréscimo dos acostamentos - antiqüíssima e legítima reivindicação dos usuários, sempre menosprezada face à fragilidade dos políticos regionais - quanto pela qualidade da massa asfáltica utilizada na pavimentação.

Para coroar a alta categoria do projeto do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – e a primorosa execução dos serviços levada a efeito pela empresa CAMTER, Construções e Empreendimentos S/A, as duas pistas foram dotadas de uma excepcional sinalização horizontal.
As Normas EM 373/2000 e NBR 1436/00, facilmente verificáveis em
especificam com extremo rigor a sinalização rodoviária ali empregada: tinta termoplástica à base de resina acrílica impregnada com microesferas retrorefletivas; e três linhas de tachas refletivas de marcação luminosa bidirecional nas duas laterais da pista, sendo brancas na borda da faixa da mão, vermelhas na faixa contrária e amarelas no eixo da rodovia.
O conforto e a segurança que essa sinalização vem proporcionando aos usuários são inquestionáveis. Uma viagem à noite pela renovada via nos traz a imagem de uma pista de aeroporto, tal é a luminosidade e eficiência das tachas e da pintura de demarcação de tráfego. Elas, virtualmente, conduzem o motorista mesmo em condições de visibilidade quase zero (neblina, por exemplo). Sem dúvida, muitas vidas serão poupadas do habitual massacre do trânsito por essa simples iniciativa.

Os engenheiros Guilherme Fraga Freitas, do DNIT e Roberto Maia, da CAMTER, deveriam ser homenageados pela Câmara de Vereadores, graças à criteriosa fiscalização do primeiro e à excelência da execução do projeto pelo segundo, nessa importantíssima obra que a população ganhou por interveniência exclusiva de grupos estranhos à nossa região (LLX, obviamente) e que, fortuitamente, veio suprir a incompetência e a desunião dos políticos daqui, focados que estão sempre na disputa da bilionária fazenda municipal.

A motivação desse relato é denunciar a SINALIZAÇÃO da BR 101, tanto no sentido Rio quanto no de Vitória, que merece os adjetivos PÉSSIMA e CRIMINOSA, por mera comparação com a 356. Nem será necessário destacar que o tráfego da primeira é EXTREMAMENTE superior ao da segunda.

Espero firmemente que você, pelo prestígio seu e de seu blogue, e pela responsabilidade advinda disso, se faça porta-voz dessa nossa infeliz comunidade, que de guerreira histórica que era se fez servil, e lamentavelmente prossegue amordaçada pela inércia, subserviência e falta de exercício de sua cidadania - haja vista a medonha e vergonhosa situação do município nos setores da SAÚDE, da EDUCAÇÃO e da INFRAESTRUTURA, não obstante o caudaloso volume de royalties que aufere.

Veja que a citada obra federal custou pouco mais de 18 milhões para todos os seus 41 quilômetros, valor conferível nas suas placas, enquanto obras muito menores em qualidade e extensão (Arthur Bernardes – 6 km; Campos-Goitacazes – 7 km; sambódromo; e muitíssimas outras em Campos dos Goytacazes) custam ao bolso dos munícipes 50, 60, 80 milhões cada. Algo como VINTE VEZES mais caro.

Enquanto isso, a elite campista e o Ministério Público? Vão bem, obrigado."

 José Ronaldo Saad

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