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| Jovem manifestante do movimento feminista |
LUCIANA COELHO
EM BOSTON
EM BOSTON
Folha de São Paulo
Estuprada por colegas na faculdade em uma festa, Jaclyn Friedman nunca chegou a dar queixa. "Tanta gente disse que eu seria culpada, por estar na festa, por estar bebendo, por me vestir como eu me visto, que eu desisti."
O episódio, que aconteceu há quase duas décadas e foi narrado com resignação à Folha, marcou a vida da escritora e ativista feminista.
Seus agressores, inicialmente expulsos da faculdade, acabaram readmitidos e impunes, diz ela.
No último sábado, aos 39 anos, sutiã à mostra e tatuagem anunciando "corajosa", era Jaclyn uma das oradoras da SlutWalk, a "marcha das vadias", que reuniu 2.000 pessoas em Boston.
Até o segundo semestre, o movimento que começou em Toronto e pipocou em outras dez cidades dos EUA e do Canadá deve chegar a mais 40 cidades americanas e 19 outras pelo mundo.
Nova York, Houston, Londres, Johannesburgo e Buenos Aires estão no roteiro para reivindicar o significado da palavra "slut" (traduzível como "puta" ou "vadia", mas que na origem era "mulher desordeira").
"Porque nós vivemos um mundo de mentiras, sempre ouviremos que devemos ser obedientes, discretas, disponíveis e nunca agressivas -se o formos, viramos putas, e essa palavra é usada para nos pôr na linha", disse Jaclyn. A plateia urrou.
A SlutWalk surgiu como um protesto em resposta ao comentário de um policial canadense que orientou universitários dizendo: "Se a mulher não se vestir como uma vadia, reduz-se o risco de ela sofrer um estupro".
A frase reverberou não só no Canadá. Qualquer país, afinal, tem exemplos do que os organizadores chamam de "cultura de estupro": considerar o estupro um crime menor ou provocado pela vítima (quase sempre mulher, mas às vezes, homem).
MACHISMO
Os comentários de Paulo Maluf (com seu "estupra, mas não mata") e do comediante Rafinha Bastos (sobre mulheres feias que deveriam agradecer pelo estupro) traduzem o raciocínio.
Mas a SlutWalk vai além dos comentários machistas - como o da senhora que, ao ver Theresa Esconditto, 29, a caminho da marcha com "estou pedindo", estampado no decote, reprovou. "Espero que esteja assim para uma peça de teatro."
Como Jaclyn, muitas das participantes foram estupradas. "Não dá mais para que nos violem e nos culpem por isso, nem que nos digam o que fazer com nossos corpos", disse à Folha a comediante Cameryn Moore.
Na marcha majoritariamente feminina, moças carregavam frases como "meu vestido não significa sim". Uma participante tinha um cartaz dizendo ter sido estuprada aos 12 anos. "Estava usando agasalho largo e pantufas. Sou uma puta?"

Bom dia Fernando,
ResponderExcluirEstou lhe enviando este e-mail, na esperança de que sendo este um blog sério e muito bem acessado, as pessoas tomem conhecimento do que esta ocorrendo no interior do hospital Unimed de Campos.
Espero também que o senhor nos ajude a modificar tal situação.
Ontem dia 15 de maio, levei minha filha de 14 anos ao hospital, com muita dor de cabeça, dor no corpo e no globo ocular; e sem sintoma de gripe, ao ser consultada, a médica que a atendeu solicitou exame de sangue e passou uma medicação (dipirona), enquanto aguardava o resultado do exame. Enfim isto aconteceu por volta da 23 horas, e qual foi minha surpresa e indignação quando passei a madrugada toda na observação com minha filha com suspeita de dengue, sem nenhuma assistência. Nenhum médico para acompanhar a evolução ou não do quadro, nenhum enfermeiro para verificar febre ou se o soro estava correndo como desejado, e mais, nenhuma resposta a respeito do exame; conclusão não só eu como várias pessoas que passaram por lá de ontem para hoje, aguardamos depois de muitas idas ao balcão de enfermagem, o dia amanhecer e retiramos nossos entes de lá sem nenhuma explicação ou parecer de que os estava acometendo. Ah! Sem mesmo ser exigido de nós que assinássemos termo de responsabilidade pela retirada dos pacientes. Por que será? Medo de que com a cópia dos termos tenhamos como comprovar que o hospital esta igual a qualquer um do Sistema Unico de Saúde (SUS), igual ou pior.
Estou indignada minha filha pode estar com dengue e eu nem mesmo tenho certeza depois de uma madrugada inteira em um hospital.
Por favor Fernando não deixe passar em branco esta denuncia, ela é séria. Não só pelo que me aconteceu pois graças a Deus ainda tenho conhecidos aos quais posso pedir para olhar os exames; mas outros não tem e contam com o plano que pagam, e não pagam barato, para lhes dar segurança.
Há quem afirme estarmos vivendo uma Nova Idade Média,tempos de obscurantismos, de escuridão ´na qual permeia uma idéia monocromática que não ¨perdoa¨as diferenças.
ResponderExcluirChegamos ao seu ápice recentemente , qdo assistimos a um casamento real,à beatificação de um papa e a uma cruzada com a morte de um mouro.
Alguns muitos homens inseguros,AINDA se incomodam com a PARCERIA na cama,na copa/cozinha para o(a)s que desejam o acasalamento diário(alguns e algumas, não desejam esse tipo de casamento por mais que possa parecer estranho AINDA para os habitantes de feudos) e nos ¨escritòios da vida¨ e preferem relações separatistas onde a profusão da troca é impedida.
Há os que preferem homens...há as que desejam mulheres...a VIDA É ASSIM, por mais que alguns e algumas não consigam enxergar.
Que as energias direcionadas para movimentos raivosos e afins sejam direcionadas para o Novo RENASCIMENTO no qual idéias criativas venham à tona para acabarmos com a FOME que a escuridão e a PERVERSIDADE existente no ¨status quo¨ não permite colocar à termo.
Que venham as LUZES!
Assim Seja.
abçs,
Márcia.
Que essa idade média se evapore logo e tenhamos momentos de paz e tolerancia entre os homens.
ResponderExcluirAbsurdo haver tanta discriminação ,velada ou não, contra negros, mulheres , homosexuais...