É público e notório que uma divulgação dirigida de uma pesquisa induz à formação conveniente de opinião pública. A história brasileira está repleta de exemplos, desde o famoso caso Proconsult, nos anos 80. Em Campos, nas eleições municipais de 2004 houve resultados de pesquisa ao gosto do freguês.
Agora, o jornal O Diário publica pesquisa do Instituto Precisão, com dados amplamente favoráveis ao grupo político, no qual se abriga a prefeita de Campos. Tudo certo se as circunstâncias não gritassem contra.
Primeiro, o questionário utilizado na metodologia, conforme postagem do Blog do Herval Junior era alentado e as questões todas não foram reveladas. É o chamado método biquíni, mostra os periféricos e esconde o essencial. Eu e meu viés porco chauvinista!
Segundo e mais importante: o Instituto Precisão, responsável pela consulta popular, mantem vínculo comercial com a prefeitura. Alguém lá no fundo, sobre isso, pode argumentar, mas foi o jornal que pagou a pesquisa, não foi a prefeitura. O que, convenhamos, na pratica quer dizer a mesma coisa.
Não é caso, então, para uma intervenção da Justiça Eleitoral?
Em tempo: Jane Nunes publica aí o extrato do contrato do Instituto com a prefeitura e seus valores. Meu arquivo é frágil.
http://robertomoraes.blogspot.com/2006/04/preciso-nas-respostas-do-pesquisador.html
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