CAOPE ENTRE MAQUITAS, SERRAS E MARRETAS

O CAOPE é o Centro de Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais, responsável direto pelo tratamento especializado a, aproximadamente, 6 mil pessoas de Campos e região, com problemas que vão da hemofilia à distúrbios neurológicos, além de vítimas da AIDS e de AVC.

É uma unidade singular, indispensável e representa um avanço considerável na universalização do atendimento específico à segmentos especiais da sociedade.

Sua localização estratégica é no Hospital Ferreira Machado, onde estão concentrados os equipamentos necessários à uma pronta intervenção, caso seja necessária, durante o atendimento. Sobretudo, o banco de sangue.

Recentemente, o governo anunciou que fará a transferência do CAOPE para o PU de Guarús, em caráter provisório e depois para o Hospital Geral de Guarús, definitivamente.

Desde então, familiares de pacientes reclamam da descontinuidade do tratamento e dos problemas enfrentados pela clientela. Nesse período, o Centro chegou a ficar fechado por 3 dias e teve o acesso à sua portaria vedado por tapumes e cadeado.

Por se tratar de uma unidade do sistema público de Saúde e pela sua especificidade não é razoável que seu funcionamento seja objeto de uma querela partidária menor. Eu, pelo menos, me recuso a tratar da questão sob a ótica caolha do velho confronto governo e oposição. Não se trata de medir forças com a administração, que quer, sem explicar, de forma convincente, a transferência do Centro. Trata-se de lutar para garantir a excelência de seu funcionamento, considerando que o CAOPE é uma conquista da sociedade e seu custeio é financiado pelo dinheiro público.

Por isso, ao invés de opinar, aqui, no blog, tenho optado por dar voz a leitores, funcionários e familiares de pacientes que preferem o anonimato por razões óbvias, mas que nem por isso, denunciam e advertem irresponsavelmente. Ao contrário.

Confira este relato:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CAOPE, "ORAR E VIGIAR"": 

O CAOPE está funcionando com tapumes na entrada, barulho de maquitas, serras e marretas.Barulho infernal.O descaso é geral. As autoridades q mandaram suspender o atendimento e prometeram enviar avisos aos pacientes não o fizeram. Agora os pacientes chegam ao Ferreira Machado vindos de longe, encontram aquele tapume na entrada e quando perguntam pelo CAOPE, muitas vezes são informados pelos funcionários da recepção que o CAOPE foi para o PU de Guarus e eles ficam perambulando pela cidade. Que descaso com os pacientes e pais! As autoridades de saúde do município dão ordem p o CAOPE voltar a funcionar somente para acalmar os ânimos.Vão se calçar judicialmente. È o tempo que precisam p revogar a lei de 1994 que criou o CAOPE estrategicamente no Hospital Ferreira Machado e criar outra lei, outro centro RE-INAUGURAR!!!.Não se iludam com essa volta do CAOPE. Todos temos que lutar e rápido porque médico não entende de odontologia e tem raiva de quem entende.Médicos deixaram claro que não querem CAOPE lá.Se tivessem um mínimo de conhecimento de causa, nem de longe pensavam em colocar p funcionar um tipo de atendimento deste no PU de Guarus que é de risco para os pacientes e até mesmo para a equipe que os atende.Jornalistas de Campos, alô, o que estão esperando para fazerem uma matéria, fotografarem e confirmarem td isto??? Onde está a imprensa???? O assunto é muito sério.