Pátio frontal do colégio dos Jesuitas |
Hoje, 25 de janeiro de 2011, São Paulo comemora 457 anos de fundação. A vila de Piratininga teve origem num colégio de catequese, instalado pelos Jesuítas, liderados à época, por um jovem e brilhante padre português, então com 20 anos, José de Anchieta.
Diferente de nós, campistas, que nos juntamos, embrionariamente, como um arruado, a partir de um curral de bois,
A escolha do nome da futura cidade de São Paulo, deveu-se ao dia 25 de janeiro, data em que a igreja católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme registro do próprio Anchieta em correspondência enviada à Companhia de Jesus: “A 25 de janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apósotolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa”.
Hoje para saudá-la chamarei o mais delicado de seus poetas, Mário de Andrade:
QUANDO EU MORRER
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
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