segunda-feira, outubro 25, 2010

JUSTIÇA ELEITORAL: OLHO VIVO

A Justiça Eleitoral do Brasil está mesmo disposta a promover uma faxina em regra no processo de escolha dos nossos representantes. A lei da ficha limpa é, absolutamente, indispensável. O voto soberano e democrático não pode servir para escudar bandidos de todos os matizes.

Tudo bem, tudo certo. A exigência de bons antecedentes para legitimar candidaturas deve ser mesmo definitiva.

Há, no entanto, uma fase do rito eleitoral que passa quase incólume pelo filtro oficial: é a prestação de contas dos candidatos. Campanhas portentosas, milionárias são contabilizadas de forma franciscana e para perplexidade geral acabam aprovadas sem ressalvas.

Se estiverem bem elaboradas na forma; no conteúdo, inacreditavelmente, não são investigadas.

A Justiça Eleitoral do Brasil que serve de modelo de eficiência para o resto do mundo pela agilidade e lisura com que executa e apura eleições num país gigante, com quase 200 milhões de eleitores, não pode admitir ser enganada por espertalhões mal intencionados.

Não há crime perfeito. O ficha suja quando não borra na entrada, borra na saída. É só vigiá-lo.

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