Caro doutor, o Brasil é um país de larga tradição corrupta erudita, desde os primeiros nobres colonizadores até Maluf e seus congêneres. Em todos os últimos escândalos, por exemplo, de corrupção, no país, os envolvidos eram letrados. São raros os casos em que analfabetos são flagrados com a mão na cobiçada botija pública. Essa gente, doutor, está muito ocupada sustentando nas costas a base da pirâmide social. Não lhes sobram muito tempo e, muito menos, oportunidades.
É claro que não defendo o lugar comum, segundo o qual, pobre é coitadinho e rico é tudo ladrão. Longe, muito longe disso. Mas diante da situação, é impossível ignorar as estatísticas de crimes contra o erário brasileiro e lá, invariavelmente, figuram notáveis do colarinho branco e cuecas multicores.
Pena que não haja teste para identificar corruptos, embora alguns venham de fábrica com um carimbo na testa e aquele sorriso indisfarçavel.
Ao final da sabatina de hoje, caso Tiririca sobreviva como candidato e pela exposição do fato, a sua votação tenderá a multiplicar-se. Legiões de analfabetos brasileiros, do alto de sua condição ofendida, cerrarão fileiras com um dos seus.
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