O SALDO DO DEBATE DA BAND

O debate de ontem à noite, transmitido pela TV Bandeirantes, foi “um museu de grandes novidades”, mas a previsão mais otimista é que seria um autêntico programa de pugilato. Todos os demais candidatos contra o governador Cabral, PMDB, que tenta a reeleição. Nessas circunstâncias, o saldo do encontro não poderia ser além do que foi: raso.

A análise individual das candidaturas é matéria vencida, vários veículos já se prestaram a isso: a romântica biografia de Gabeira, do PV; o anonimato, até então, do Jeferson Moura, do PSOL e a estória política anêmica do Peregrino, que, visivelmente, tem às suas costas, a figura indefectível do ventríloquo.

Sobrou o governador Sérgio Cabral, que a despeito de suas virtudes e defeitos, foi a maior surpresa do debate. Se não pelo seu desempenho, mas pelo fato de, com larguíssima vantagem eleitoral sobre os demais, ter aceito as regras democráticas e enfrentado, ao vivo, pela TV, candidatos que se portaram como franco atiradores.

Hoje, todos que comentam o debate, só conseguem discutir, os golpes no fígado, o soco no estômago, o chute na canela. Propostas e idéias para o novo governo, zero.