As notícias são minúsculas, não no formato, mas no conteúdo e refletem a realidade que nos cerca. Vivemos um tempo menor.
Nenhum grande feito, nenhum gesto político magnânimo, nenhum sinal dos ventos da mudança. Nenhuma revolução ideológica, nenhuma nova semana de arte moderna, nenhuma reinvenção do rock. Uma vacina nova, ao menos. Só os velhos vícios de ontem, revistos e refeitos. Tempo de desfaçatez, de debates rasos.
À sociedade ávida, o que resta é aguardar sentenças absolventes, medidas profiláticas, água e sabão para restaurar biografias manchadas. Isso é pouco. Aliás, isso é nada!
Tempo menor. O que não é comum, quando alvorecem os séculos, que é o caso.
O que há conosco e nosso destino?
Caro Fernando,
ResponderExcluirSua postagem me fez lembrar "Socorro" de Arnaldo Antunes
"Socorro, não estou sentindo nada.
nem medo, nem calor, nem fogo,
não vai dar mais pra chorar
nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
me empreste suas penas.
já não sinto amor nem dor,
já não sinto nada.
Socorro, alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
por favor, uma emocão pequena,
qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.
Socorro, alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada,
socorro, eu já não sinto nada.
Socorro, não estou sentindo nada."
Abraços,
Walnize Carvalho
E, enquanto isso, a cultura do "panis et circenses" continua a se perpetuar pela nossa intrépida e formosa Campos dos Goytacazes, terra feita de luz e madrigais.
ResponderExcluirFernando, devo lembrar aos governantes de plantão que essa política não conseguiu manter o Império Romano muito tempo de pé, o povo quer mais do que pão e circo, o povo quer uma sociedade mais justa, mais igual e isso não é retórica apenas, isso é o desejo de todos, por isso, nunca e demais repetir esse chavão.
Forte e fraternal abraço,