Tão abjeto quanto o crime cometido contra Eliza Samudio, é a iniciativa mórbida da indústria informal, que despejou nos camelôs na cidade do Rio de Janeiro, cópias piratas dos dois filmes pornográficos protagonizados por ela.
Pior do que o oportunismo doentio de lançar as cópias justo agora (embora a indústria cultural também aja assim, vide o caso de Michael Jackson – guardando as proporções de cada caso) foi a sordidez de alterar as capas dos DVDs e anunciar com letras de comércio “O Pornozão da mulher do goleiro Bruno”. As manipulações grosseiras vendem como água.
Tudo certo que o comércio escrachado não tenha pátria, religião e escrúpulos, mas o que causa espécie é que a população estupefacta com a violência do crime, tão compungida com o noticiário sobre a barbárie, cometa ato semelhante comprando esse lixo.
Realmente é um absurdo! Utilizam de falso moralismo. Criticam um ato bárbaro como o deste caso, mas compram e vêem um vídeo que chega a ser macabro. Já chegamos ao ponto de tudo em nossas vidas serem banais, coisas que antes não eram. Filmam mortes de desafetos, orgias, estupros e atentados, e depois saem distribuindo pela rede, dvd´s e outros meios tão repugnantes como se fossem normais. É a certeza da impunidade onde o que fala mais é o dinheiro e influência.
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