segunda-feira, junho 21, 2010

O DILEMA DE GAROTINHO

Garotinho vive um dilema shakespeariano. Quer pressa no julgamento do embargo declaratório interposto no TRE, o que lhe permitirá recorrer ao TSE, onde espera reverter a sentença que o condenou a inelegibilidade por 3 anos, mas sabe que o resultado deste recurso pode provocar o afastamento imediato da prefeita de Campos, sua esposa. Ambos são réus de duas ações condenatórias que correm paralelamente, uma que propõem a inelegibilidade de três anos para os envolvidos e outra que extingue o mandato eletivo da prefeita.
A pressa de Garotinho se justifica pela exigüidade de tempo para as convenções partidárias, que definem as candidaturas para as eleições de outubro próximo. O prazo máximo dos partidos é o dia 30 deste mês. O PR, partido que hospeda Garotinho, acaba de adiar a data de sua convenção, que seria dia 27.
A situação é dramática. Na semana passada, em entrevista concedida ao jornal O Diário, o advogado da prefeita, Jonas Neto, avaliou que o julgamento do embargo poderá demorar, pelo menos, uns 15 dias, uma vez que as partes contrárias ainda têm que “falar” no processo. No caso, o deputado federal Arnaldo Vianna, PDT, autor da ação e o Ministério Público Eleitoral.
Se é esse mesmo o prazo, o problema fica, praticamente, insolúvel. Ao Garotinho só restará ir a convenção, sem qualquer garantia.

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