Enquanto tentava, à duras penas, obter informação de qualidade sobre a decisão do pleno do TRE que afasta a prefeita de Campos e torna inelegíveis ela e o seu marido, Anthony Garotinho, por três anos, fui brindado com o auxílio luxuoso de uma autoridade do Direito.
Segundo este profissional, é fundamental saber se as decisões proferidas, hoje, foram em ação de impugnação de mandato eletivo ou em ação de investigação judicial eleitoral, uma vez que as duas correm, paralelamente.
Isto porque, o artigo 14, parágrafo 11, da Constituição Federal, é solar: ação de impugnação de mandato eletivo tramita em segredo de justiça, o que me leva a concluir, com a concordância do jurista, que tudo que foi dito e repetido até agora são meras suposições.
O próprio site do Tribunal revela sobre o caso, um texto vago. Naturalmente, para não afrontar o que estabelece a lei em questão.
O resto é leitura conveniente das partes envolvidas. Conspiração escandalosa para os atingidos e justiça implacável para os que torcem contra. Esses extremos têm pautado a imprensa e deformado a opinião pública.
No meio do imbróglio um Município sobressaltado, cumprindo um orçamento bilionário, com obras contratadas e em execução, com o ano letivo em curso, com programas de atendimento à saúde que dependem da ação direta de seus gestores e, sobretudo, com um povo cansado de escândalos.
Definitivamente, o Poder político não tem o direito de reduzir esta vila formosa de São Salvador dos Campos numa republiqueta de goiabas.
Senhor Fernando,
ResponderExcluirPermita-me um comentário, desnecessário, é verdade: Muito bom seu texto, aliás, considero, sem ofensas, sua pena mais precisa que sua fala, e explico:
O urgência do momento descontextualiza e superficializa o raciocínio. Aqui não, estás inteiro.
Dito isso, fica o registro:
O problema, penso eu, não são as querelas jurídicas, ou o fez-não-fez que assola a planície desde os idos de 2004.
A questão é:
Como construímos esse cenário, onde a Justiça balança de um lado ao outro, enquanto embaixo arde a fogueira da ilegitimidade?
Imprensa vende-se a soldo baixo.
Sociedade imobilizada, entre cúmplice e vítima desse processo degradante.
Eu pergunto: Há esperança?
O que nos tornamos afinal?
É como se navegássemos em círculos por algum Triângulo das Bermudas, ou estivéssemos à deriva no espaço.