Não é nada oficial ainda, mas a tendência está cada vez mais clara. A Câmara Municipal, no rito de votação do parecer do Tribunal de Contas sobre o último ano de exercício da gestão Mocaiber, deverá separar em avaliações distintas as responsabilidades do prefeito Alexandre Mocaiber (PSB) e do vice, Roberto Henriques (PR), que exerceu a chefia do Executivo por 43 dias, entre março e abril de 2008, época de afastamento do prefeito por força judicial. O TCE recomenda a reprovação das duas contas.
Por ora, os números para mudança do parecer do TCE ainda são insuficientes nos dois casos. Pelo menos, nas intenções subliminares. A bancada governista é composta de 10 vereadores e em tese votaria a favor de Henriques; a oposição de 7 integrantes e, por conseguinte, teria tendência pró Mocaiber. Uma análise simplista apontaria para esse cenário previsível, mas em política, as coisas nem sempre são como parecem.
O quórum para alterar a decisão do Tribunal é qualificado, 12 votos. Dessa forma, tanto para salvar Mocaiber, quanto para referendar Roberto Henriques, os grupos políticos teriam que contar com adesões adversárias. Essa é a leitura política superficial do caso. No entanto, o que se espera é que as questões levantadas pelo corpo técnico do Tribunal, sejam respondidas e julgadas, com isenção. Mas como querer isenção de uma casa política, na efervescência de um ano eleitoral?
Ontem, terminou o prazo para entrega das defesas escritas de Mocaiber e Henriques. Agora começa o debate e o roteiro é esse: os vereadores julgam o Tribunal, que julgou os prefeitos e a população soberana, que a tudo assiste, julga todos.
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