Suspeita de matar empresária durante briga de trânsito em Macaé se apresenta à polícia
A suspeita de ter matado a empresária Raquel Melo, de 39 anos, durante uma briga de trânsito, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta terça-feira (21) na companhia de um advogado. A informação foi confirmada pelo comandante do 32º Batalhão Polícia Militar (BPM) de Macaé, Marco Vollme. O crime, considerado bárbaro e trágico, marcou o município, no último sábado (18). Raquel foi morta com três golpes de faca. Segundo a assessoria da Polícia Civil, uma coletiva de imprensa foi marcada para esta quarta-feira (22), na 123ª DP (Macaé), onde o delegado titular Filipi Poeys, vai apresentar resultados sobre a investigação, que está sendo realizada em sigilo.
A suspeita, que é oriunda de Fortaleza, no Ceará, foi funcionária da Câmara Municipal de Macaé, deixando de prestar serviços na casa no dia 31 de dezembro de 2016. O órgão, através de nota, disse que “se solidariza com os familiares e amigos da vítima”. Em sua cidade e também no Rio de Janeiro, segundo a polícia, ela já teria respondido a outros processos criminais, um deles, o de Fortaleza, em trâmite na 4ª Vara do Tribunal do Júri, que julga crimes contra a vida. A ação seria por lesão corporal contra outra mulher. Já na justiça do Rio, ela assinou um termo circunstanciado, após responder processo por Exercício Arbitrário das Próprias Razões (justiça com as próprias mãos). O caso também ocorreu em Macaé.
O crime — Segundo testemunhas, Raquel se envolveu na discussão após ter buzinado quando a suspeita avançou o sinal e fechou o carro em que ela estava. Durante a discussão, a suspeita pegou uma faca e golpeou Raquel Mota três vezes antes de fugir. Um dos golpes atingiu o tórax e perfurou o pulmão da vítima. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Público de Macaé, mas não resistiu aos ferimentos.
O crime abalou o município e deixou a família consternada. Pelas redes sociais, o marido de Raquel, Vanderson Fernandes, também empresário – proprietário de uma empresa de transporte executivo –, compartilharam uma foto apontando uma mulher conhecida da sociedade de Macaé de ser a responsável pelo crime. Numa das postagens o marido se diz inconformado com a morte da esposa, por um motivo fútil.
— Estou sem chão, mas quando isso tudo passar eu vou achar a pessoa que fez isso com você, meu amor. Sempre te amarei, levo você comigo no peito pelo resto da minha vida meu amor. O ser desprezível vai se apresentar amanhã na 123ª DP, não saio de lá antes de ver ela atrás das grades. Passo a noite lá se preciso for. Quero olhar nos seus olhos e perguntar por que fez isso com a minha rainha – trecho da publicação de Vanderson.
O casal, além das atividades empresariais, participava de atividades ligadas a filantropia e de ajuda ao próximo. Vanderson e Raquel eram integrantes do grupo “Amigos Palhaço”, que visita hospitais, asilos e instituições de caridade, buscando levar um pouco de alegria para crianças enfermas, ‘velhinhos’ e pessoas carentes. Raquel foi enterrada no último domingo no cemitério de Rio das Ostras e deixa uma filha de 13 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião