Replico texto do arquiteto José Ronaldo Saad, endereçado ao blog, com inquietante provocação, sobretudo, aos campistas de todas as gerações:
Caro Fernando Leite
No sítio http://www.bbc.co.uk/ portuguese/da da agência de notícias BBC BRASIL, se depara hoje com a matéria a seguir transcrita:
“O Brasil em Angola
Amparada por vultosos empréstimos, a Odebrecht, maior empreiteira do país, construiu em Angola um império empresarial que inclui negócios com autoridades e investimentos anuais de mais de R$ 1 bilhão.
Maior empregadora privada do país africano, com 20 mil funcionários, a companhia atua em Angola nos setores de imóveis, hidrelétricas, diamantes, supermercados, petróleo, biocombustíveis e aeroportos.
A empresa, porém, é criticada por ativistas angolanos, que a acusam de manter "relações promíscuas" com o alto escalão do governo angolano, chefiado há 33 anos pelo presidente José Eduardo dos Santos. Em agosto, Dos Santos venceu as eleições presidenciais e estenderá seu mandato até 2017.
Desde 2006, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu US$ 3,2 bilhões (R$ 6,4 bilhões) em empréstimos a companhias brasileiras em Angola. Dados obtidos pela BBC Brasil com base na Lei de Acesso à Informação revelam que as linhas de crédito financiaram 65 empreendimentos, dos quais 49% foram ou são executados pela Odebrecht.
A Andrade Gutierrez, segunda empresa da lista, é responsável por menos da metade dos projetos da Odebrecht (18%), seguida por Queiroz Galvão (14%) e Camargo Corrêa (9%).
A Odebrecht conta com parte de uma nova linha de crédito do banco, de US$ 2 bilhões, para manter o ritmo de investimentos em Angola, hoje entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões anuais (de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão).”
A pergunta que se faz é: o que tem a ver essa matéria com o município de Campos?
Ou então: porque um mega grupo empresarial do quilate da ODEBRECHT, que edifica cidades pelo mundo, constrói aeroportos internacionais, prospecta diamantes e petróleo, detém o curso de rios caudalosos para montar usinas hidrelétricas e ergue impérios em todos os continentes, numa demonstração inequívoca de sua bagagem técnica e complexidade empresarial, se faz indispensável para construir singelas casinhas populares num rincão esquecido dos deuses que é a terra dos índios Goitacazes?
Uma resposta possível para tentar entender a inacreditável e inaceitável celebração pela Prefeitura local de sucessivos contratos com esse grupo gigantesco, cujos valores já se aproximam do BILHÃO DE REAIS – com irrecuperável prejuízo para os construtores da terra e o comércio em geral, seria ...
As reticências acima, que ocupam o lugar de uma resposta possível, exprimem a perplexidade que deveria invadir a consciência amortecida de nosso povo e impelir o Ministério Público Estadual na direção de seu sagrado compromisso constitucional.
Bom dia!
J Ronaldo
c/c para Roberto Moraes e Joca Muylaert
Numa conta rapida, se o projeto de construção fosse divido por 50 empreiteiras, cada uma teria construido pelo menos 100 casas , totalizando 5.000 casas. Essas empresas campistas ou da nessa região iriam faturar pelo menos 20 milhoes.
ResponderExcluirClaro qu teriamos que descontar o valor da terra comprada e outras despesas que nao competem as empreiteiras custear.
Mas seu assunto Fernando,é totalemente pertinente.
Carlos Eduardo
Com tanto dinheiro em jogo, voces acham( em sã consciência) que alguém tirará das mãos dos garotinhos esta Prefeitura? Serão mais de 20 anos de dinastia inhos. Com tanto dinheiro se compra sentenças à vontade.
ResponderExcluirjá estamos vendo acontecer
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