Salvador Correa de Sá e Benevides, governador do Rio de Janeiro, preso pela Coroa |
Nosso constrangimento é antigo e remonta ao século 17. Conhecido por seu voluntarioso comportamento e por trapaças com recursos da Coroa Portuguesa, nepotismo, além do viés de déspota, Salvador Correa de Sá e Benevides, posto à correr da então Capitania de São Tomé, por nossa heroica Benta Pereira, sua filha Mariana Barreto e ruralistas, acabou preso e degredado.
Veja sua ficha corrida, segundo fontes históricas da wikipédia:
"Salvador Correa de Sá e Benevides foi três vezes governador da Capitania do Rio de janeiro, depois de cair em desgraça nunca mais regressou ao Brasil, depois de 49 anos de serviços. Voltou a trabalhar no Conselho Ultramarino até 3 de dezembro de 1680, data em que assinou sua última consulta (como se vê em Arquivo Histórico Colonial, Livro dos Autos de Posse e Assentos do Conselho Ultramarino).
Como sucedeu a grandes homens que tantos serviços prestam à pátria, a intriga conseguiu feri-lo. Seus muitos inimigos, desde que a rainha regente D. Luísa de Gusmão criara de propósito para ele um governo independente no Rio, o intrigavam para o afastar do ânimo dos ministros, apesar de ser favorito do conde de Castelo Melhor seu filho mais velho, Martim Correia de Sá, que o grande ministro fez em 1665 visconde de Asseca em recompensa dos muitos serviços de seu pai. Ainda assim maiores amarguras teve Salvador Correia de Sá, quando o conde de Castelo Melhor caiu do poder porque tendo-o D. Afonso VI chamado para se aconselhar com ele, isso bastou, juntamente com a privança que seu filho tivera, para o tornar odiado do infante D. Pedro, e para o tornar alvo de tantas perseguições, que chegou a ser condenado a degredo de 10 anos para essa mesma África, onde ressoava ainda o eco das suas vitórias.
À custa de dinheiro conseguiu que o deixassem ficar num convento, e depois que o deixassem passar à sua casa em Santos, preso sem menagem. O filho, ferido em Badajoz e gravemente enfermo, instou com ele para que requeresse esta última concessão, porque o restaurador de Angola, ferido e desgostoso com todas estas perseguições, estava resolvido a terminar a vida num convento.
A morte do visconde de Asseca, sucedida pouco depois, e a orfandade em que ficaram os netos de Salvador Correia de Sá, fizeram com que o Príncipe Regente pensasse que era vergonhoso, realmente, que o homem que tão altos serviços prestara ao seu país, estivesse agora quase octogenário preso como um criminoso, enquanto seus netos não tinham quem os amparasse e guiasse na estrada da vida. Deu ordem para que fosse solto, e logo em seguida voltou ao lugar que lhe pertencia de membro do Conselho Ultramarino".
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