Deputado estadual vai ficar longe de suas atividades até janeiro. Ele
foi libertado após maioria na Alerj votar por sua soltura na última sexta
19/11/2017 19:14:04
ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - Assim como o presidente da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, o deputado Edson
Albertassi, líder do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciou neste
domingo, que vai se licenciar de suas atividades parlamentares no Legislativo
fluminense até o fim do recesso parlamentar de janeiro.
Albertassi, ao lado de Picciani e do
também deputado Paulo Melo, todos do PMDB, chegou a passar 24 horas preso,
conforme determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), mas
foi solto na sexta-feira, após decisão do Plenário da Alerj.
Os três deputados do PMDB são
investigados na Operação Cadeia Velha, etapa da Lava Jato sob coordenação do
Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) no Rio, deflagrada
na última terça-feira, 14. Eles são acusados de receber propina de construtoras
e concessionárias de transporte público, em troca de decisões favoráveis no
Legislativo fluminense.
Mais cedo, Picciani, que no sábado
negara a possibilidade de pedir licença, após ser questionado pelo
Broadcast/Estadão, informou que vai tirar licença de suas atividades a partir
da próxima terça-feira, 21, quando a Alerj retoma as atividades após o feriado
prolongado - no Rio, é feriado na segunda-feira, Dia da Consciência Negra -,
para cuidar de sua defesa e da de um de seus filhos, Felipe, preso na operação.
Igual
Albertassi, que não vinha comentando as
acusações do MPF, foi no mesmo caminho do presidente da Alerj. Em nota, o
deputado informou que "vai se licenciar, na terça-feira, 21, sem
remuneração, de suas atividades parlamentares, para cuidar de sua defesa".
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A nota informa ainda que Albertassi
"vai protocolar ofício se desligando de todas as comissões permanentes que
participa" na Alerj e, também na terça-feira, "enviará ofício ao
governador, comunicando seu desligamento da Liderança do Governo". "O
deputado Edson Albertassi confia na Justiça e estará sempre à disposição para
esclarecer os fatos", diz a nota.
Albertassi teria sido pivô da
antecipação da Operação Cadeia Velha. Isso porque o deputado foi indicado por
Pezão para ocupar cargo de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Todas as cadeiras do TCE estavam ocupadas interinamente após etapa anterior da
Lava Jato do Rio levar à prisão todos os antigos conselheiros, que foram
afastados.
A indicação de Albertassi vinha
enfrentando resistências. O próprio procurador-geral do Estado, Leonardo
Espíndola, foi demitido do cargo após se recusar a defender Pezão em ação
judicial que questiona a indicação de Albertassi.
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