O jornalista Fernando Leite recebeu
uma homenagem dos funcionários do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de
Carvalho, por ter sido “um grande incentivador na luta pela instalação do
Arquivo no Solar do Colégio”, em 2001. Na época, Fernando era o presidente da
Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). O Arquivo Público está
localizado em Tócos, na Baixada Campista.
— Fiquei muito honrado, lisonjeado e
emocionado. Foi uma tarde de muita emoção porque, para mim, o Arquivo Público
Municipal se assemelha a um cofre onde está guardada a maior riqueza de Campos,
que não é o petróleo e nem o açúcar, mas é a cultura, a memória cultural do
município. Tive o papel de implantar o Arquivo Público e, na época, éramos o
terceiro arquivo do Rio de Janeiro: tinha o do Governo do Estado, da Prefeitura
do Rio e o nosso — afirma o homenageado, que vai continuar como frequentador e
entusiasta do espaço.
Fernando Leite também falou sobre a
importância do Arquivo Público estar instalado em um prédio histórico. “O nosso
Arquivo é uma construção jesuítica, uma das últimas do Estado do Rio de
Janeiro. Então, a gente conseguiu conciliar o Arquivo, que guarda a memória
histórica do município, com esse patrimônio dos jesuítas”, disse o jornalista.
O diretor do Arquivo Público, Carlos
Freitas, lembra que o Arquivo foi uma grande conquista para a memória de
Campos. Instalado no Solar do Colégio, uma construção do século XVII,
guarda grande parte da história do município. “Temos hoje documentos públicos
e, através de um convênio com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ),
levamos parte da documentação cartorária do fórum para o Arquivo, material que
conta muito sobre a história de Campos. Também, temos realizado exposições onde
sempre estão estes documentos”.
Ele lembra que, nestes 16 anos, o
espaço recebeu mais de 20 mil visitantes e vem sendo descoberto por muitos
pesquisadores, alunos e professores. “Temos tido uma boa frequência de
pesquisadores da UFF, Uenf e de outras instituições de fora de Campos também. Estamos
trabalhando em uma pesquisa em jornais dos séculos XIX, sobre o trabalho
escravo e os problemas decorrentes da escravidão até a Abolição, e XX, sobre a
economia da região”, disse Freitas, lembrando que, só no ano passado, o Arquivo
Público recebeu mais de 1,3 mil visitantes, 30 escolas (sendo grupos de 30
alunos em cada) e 325 pesquisadores.
O Arquivo Público Municipal foi
criado pela Lei nº 7060 de 18 de maio de 2001 e inaugurado em 28 de março de
2002, graças ao projeto elaborado pela Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), com a supervisão do Arquivo Público do Estado
do Rio de Janeiro (Aperj) e o apoio da Fundação Estadual do Norte Fluminense
(Fenorte).
Por: Liliane Barreto - Foto: Divulgação
- 08/06/2017 13:37:04
MUITO JUSTA ESTA HOMENAGEM A ESTE GRANDE BRASILEIRO.
ResponderExcluirPARABENIZO A DIREÇÃO DO ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL,
PELA HOMENAGEM FEITA AO JORNALISTA FERNANDO LEITE,
UM DOS MAIS CONCEITUADO PROFISSIONAL DE NOSSA CIDADE.