Segundo os advogados que defendem Garotinho, o juiz eleitoral de Campos ignorou o laudo médico que diz que ele não podia ser transferido porque na segunda-feira tem que ser submetido a um cateterismo, e determinou que fosse levado para o Hospital Penitenciário de Bangu de qualquer maneira. Segundo os advogados, o médico responsável pelo plantão, Marcelo Jardim, disse que Garotinho está com um pique de pressão e que não autorizaria sua transferência porque ele precisa ser mantido em unidade coronariana. Garotinho por ser alérgico a iodo começaria amanhã um processo se sensibilização para poder fazer o cateterismo na segunda-feira. Segundo o advogado Nilson Paiva, do escritório do criminalista Fernando Fernandes, o médico disse que o juiz o ameaçou de prisão e obstrução da Justiça caso não liberasse a transferência e oito policiais federais levaram Garotinho à força.
A coordenadora do Hospital Penitenciário, identificada como Joene, foi contatada pelo advogado e disse que a unidade não tem atendimento coronariano, e que se Garotinho passar mal terão que chamar uma ambulância para leva-lo a outro hospital.
Rosinha disse à imprensa que o que o está acontecendo é um absurdo, uma arbitrariedade, uma perseguição inconcebível e acrescentou: “Não quero crer que seja intencional mandar Garotinho para Bangu sabendo que ele foi secretário de Segurança e prendeu muitos bandidos que estão lá. Se alguma coisa acontecer com ele vou responsabilizar o juiz e processá-lo. Ele tem nas mãos a vida do Garotinho”.
Os advogados estão aguardando decisão sobre pedidos de habeas corpus impetrados hoje no TRE e no TSE. Além disso, deram entrada com outro pedido no plantão do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo os advogados o que está acontecendo com Garotinho é algo jamais visto no Estado Democrático de Direito.
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