quarta-feira, junho 08, 2016

EM BRASÍLIA, OUTRO ESTUPRO COLETIVO

Parece que a História da Humanidade caminha para trás. Depois da barbárie de Jacarepaguá, em qur uma adolescente foi estuprada por vários facínoras - dizem que 30 - surge, agora, tragédia semelhante, em Brasília, onde uma menina de 11 anos passou por tortura semelhante.

Leia no G1:.


Polícia investiga estupro coletivo de garota em festa junina de igreja no DF

Suspeitos são três colegas de escola da vítima, também adolescente.
Menina teria sido dopada com 'boa noite, Cinderela'; amiga presenciou.

Raquel MoraisDo G1 DF
Relato do médico Alexandre Paz Ferreira, que atendeu adolescente após suposto estupro coletivo em hospital de Brasília (Foto: Facebook/Reprodução)Relato do médico Alexandre Paz Ferreira, que atendeu adolescente após suposto estupro coletivo em hospital de Brasília (Foto: Facebook/Reprodução)
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga suposto estupro coletivo contra uma garota de 13 anos durante festa junina de uma igreja do Park Way. Os suspeitos são três colegas de escola da vítima, também adolescente. O crime teria acontecido na sexta-feira (3), mas só foi informado à delegacia nesta terça (7). A Paróquia Imaculado Coração de Maria disse desconhecer a ocorrência, mas afirmou que pretende colaborar com a apuração.
Percebo que na prática eu precisava de muito mais que o protocolo médico me ensina. A teoria foi pouco. Precisava achar uma palavra de consolo para dizer. Amor, esperança, sei lá. Precisava dizer algo positivo para aquela criança (sim, criança). O que a minha mente exaurida encontrou pra dizer foi apenas que ela nunca deixasse que ninguém a fizesse acreditar que a culpa era dela. A culpa é do praticante do estupro, não da vítima. Nunca da vítima. Foi isso o que eu disse"
Alexandre Paz Ferreira,
médico de pronto-socorro
De acordo com a denúncia, a menina foi dopada com roupinol – usado no golpe “boa noite, Cinderela”. A droga teria sido colocada em bebidas alcoólicas, que a garota dividia com os colegas. O caso ganhou repercussão depois de o médico plantonista que atendeu a menina, Alexandre Paz Ferreira, postar um desabafo em redes sociais.
“Entram na minha sala [na madrugada do dia 4] um senhor numa cadeira de rodas – o pai – e a tal menina. Ouço a história. A infectologia me ensinou toda a teoria que eu precisava saber para realizar tal atendimento. Enquanto o pai relata o ocorrido, calmamente e sem muitos detalhes, eu começo a vasculhar minha mente sonolenta em busca de informações úteis. HIV, hepatite B, doenças, gravidez”, lembra o médico.
“Percebo que na prática eu precisava de muito mais que o protocolo médico me ensina. A teoria foi pouco. Precisava achar uma palavra de consolo para dizer. Amor, esperança, sei lá. Precisava dizer algo positivo para aquela criança (sim, criança). O que a minha mente exaurida encontrou pra dizer foi apenas que ela nunca deixasse que ninguém a fizesse acreditar que a culpa era dela. A culpa é do praticante do estupro, não da vítima. Nunca da vítima. Foi isso o que eu disse.”
Procurado pelo G1, o profissional não quis dar entrevista. A publicação teve mais de 2,1 mil compartilhamentos. Depois da divulgação, a avó da garota foi chamada pela coordenação da escola onde ela estuda e informada com mais detalhes sobre o ocorrido. A mulher procurou então a Delegacia da Criança e do Adolescente.
Em depoimento, a irmã da menina contou que a deixou na festa e foi embora. Uma das amigas que acompanhava a adolescente disse que colegas se juntaram a elas. À polícia, a vítima disse que todos passaram a ingerir bebidas alcoólicas e que depois ela perdeu o sentido. A garota afirmou que não se lembra mais do que ocorreu.
“[Ela] Acordou no outro dia na residência de sua amiga M.L.C. e esta lhe informou que os adolescentes lhe deram bebidas alcoólicas, “Catu”, com intuito de lhe “dopar”, para praticarem ato libidinoso com a vítima. Que disse também que os adolescentes passaram as mãos nas suas partes íntimas”, informa o boletim de ocorrência.
A garota fez exames no Instituto Médico Legal. O resultado não havia sido divulgado até a publicação desta reportagem. Ao G1, o administrador da Paróquia Imaculado Coração de Maria, diácono Abrãao Neto, disse ter recebido com surpresa a notícia do ocorrido.
“Não temos nenhum conhecimento. Não fomos nem acionados nem comunicados”, declarou. Segundo ele, 2,5 mil pessoas passaram pela festa no dia. Filmagens do evento feitas com drone serão cedidas à polícia para ajudar nas investigações.
Caso do Rio de Janeiro
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou no dia 31 de maio a criação de um Núcleo de Proteção à Mulher, vinculado à pasta. Em uma reunião com secretários de Segurança Pública do país, o ministro afirmou que o órgão servirá para “coordenar trabalhos de combate à violência à mulher”. A criação do setor se deu após a divulgação de um caso relatado de estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro.
No caso do estupro coletivo no Rio, a vítima afirmou se lembrar de estar a sós na casa do rapaz com quem se relacionava havia três anos e disse só se recordar de que acordou no dia 22 de maio, em uma outra casa, na mesma comunidade, com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela conta no depoimento que estava dopada e nua.
A jovem relatou que foi para casa de táxi, após o ocorrido. Ela admitiu que faz uso de drogas, mas disse que não utilizou nenhum entorpecente no sábado (21). Na terça (24), ela descobriu que imagens dela, sem roupas e desacordada, circulavam na internet. A jovem contou ainda que voltou à comunidade para buscar o celular, que tinha sido roubado.
O laudo da perícia do caso de estupro coletivo da jovem de 16 anos no Rio diz que a demora da vítima em acionar a polícia e fazer o exame foi determinante para que não fossem encontrados indícios de violência, como antecipou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (30). Ela foi examinada quatro dias após o crime.
Além do exame de corpo de delito, a polícia também fez uma perícia no vídeo que foi divulgado nas redes sociais, no qual a jovem aparece desacordada.
Após polêmicas envolvendo a investigação, o antigo delegado do caso foi afastado por dizer que não havia indícios de estupro. Três homens foram presos pelo crime, mas um deles foi liberado por falta de provas do envolvimento. Ao todo, cinco suspeitos estão foragidos.

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